25 de mar. de 2013

Saiba o que é mito e verdade com os cuidados do seu filho

São muitas as dúvidas e inseguranças das mamães de primeira viagem. E não é para menos. De um dia para outro, aquele serzinho dentro da sua barriga decide vir ao mundo e revirar sua vida de cabeça para baixo. Junto com o amor maternal, surgem muitas lições a se aprender. E conselhos não faltam. É avó, tia, vizinha: todo mundo quer dar palpite.


Para dar uma organizada na cabeça e não perder tempo com bobagens, a Dra. Rosa Resegue Ferreira da Silva, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo, preparou um guia com alguns mitos e verdades sobre os bebês.

Bebês não devem tomar chás? – MITO
Esta afirmativa é verdadeira quando a criança está em aleitamento materno até o sexto mês de vida. Nesse caso, deve-se evitar a ingestão de chás, pois podem prejudicar as mamadas e a absorção de ferro. Os chás devem ser preparados em infusão e sem adição de açúcar. O chá preto e o mate devem ser evitados por conterem cafeína.

Até que o umbigo caia é necessário tapá-lo? – MITO
A limpeza do coto umbilical deve ser feita com álcool a 70%. O umbigo costuma secar durante a primeira semana de vida e cair entre oito e dez dias. Manter a área do umbigo sempre limpa e seca auxilia no processo de cicatrização. Por esse motivo, é preferível, inclusive, deixá-lo para fora da fralda. Importante destacar que o coto umbilical não dói.

Amido de milho previne assaduras? – MITO
Em alguns casos, a utilização de uma papa de amido de milho pode auxiliar (efeito calmante) quando a dermatite já estiver instalada. Por ter a forma de talco, o amido de milho deve inclusive ser evitado pelo risco de acidente (aspiração).

Virar o bebê pra baixo diminui as dores de cólica? – NEM MITO, NEM VERDADE
A cólica costuma acontecer nos primeiros três meses de vida da criança, tendo múltiplas causas. São também várias as iniciativas usadas como auxiliares para diminuição da dor do bebê e da ansiedade dos pais, como o uso de fraldas aquecidas ou colocar a criança de bruços sobre o colo ou a mão dos familiares. Nenhuma dessas iniciativas, entretanto, mostrou-se eficaz nos estudos realizados, mas é preferível sua utilização ao uso de medicamentos, que não têm eficácia comprovada e podem causar efeitos colaterais na criança.

Lã na testa faz o soluço passar? – MITO
Os soluços, assim, como os espirros são frequentes no bebê e ocorrem nas mudanças de temperatura, como no banho ou ao trocar as fraldas. Inócuos, os soluços não doem e podem ser aliviados colocando a criança ao seio para amamentar ou, simplesmente, acalentando-a.

A alimentação da mãe pode interferir nas cólicas do bebê? VERDADE
No entanto, é preciso deixar claro que não há necessidade de dietas especiais para a mãe que amamenta, devendo-se evitar apenas o consumo excessivo de alguns alimentos que podem provocar irritabilidade e/ou aumento dos movimentos intestinais como café e chocolate (considera-se excessivo o consumo de mais de 450g/dia).

Chupeta altera o desenvolvimento bucal e da fala? – VERDADE
É importante não encorajar o uso da chupeta. Quando a criança já tem esse hábito, recomenda-se o uso da chupeta quando a criança for dormir, devendo-se retirá-la em seguida. Evite que a chupeta seja acessível para a criança. Não é recomendável o uso de prendedores (inclusive pelo risco de acidentes) e também de fraldinhas presas à chupeta, que só pioram as alterações provocadas. 

Recém-nascidos sentem muito frio e devem estar sempre agasalhados? – MITO
Agasalhar demais os bebês pode provocar hipertermia.

Sonecas diurnas são importantes para os bebês? – VERDADE
A qualidade das sonecas diurnas é, inclusive, importante para a qualidade do sono noturn.

Copinho pode substituir mamadeira? – VERDADE
Não há necessidade do uso de mamadeiras. Após o sexto mês, na passagem para os alimentos complementares, pode-se introduzir diretamente os copinhos. O mesmo é feito quando a mãe ordenha o leite para uso posterior. Nesses casos, o leite materno é oferecido em copinhos ou por meio de colheradas.

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