Cerca de 3% das mulheres estão sujeitas à menopausa precoce ou falência
ovariana prematura. Nos Estados Unidos, um estudo demonstrou que
aproximadamente 500 mil mulheres apresentam este problema. No Brasil
pode chegar até 2 milhões de mulheres entre 12 e 40 anos. A falência
ovariana prematura corresponde a 10% das de falta de menstruação e 1%
dos casos de infertilidade.
As mulheres nascem com um número de óvulos pré-determinados que, em condições normais, são suficientes para que ovulem da puberdade até
próximo aos 50 anos, quando chega a menopausa. A menopausa precoce é
aquela que ocorre antes dos 40 anos. Os ovários deixam de funcionar
adequadamente ainda numa idade jovem. A menstruação desaparece ou vem em
quantidade mínima ou esporádica. Depois desta idade não é considerada
precoce. Quando for causada por intervenções cirúrgicas que retiram os
ovários ou decorrentes de tratamentos como, por exemplo, a quimioterapia
ou radioterapia, não é considerado precoce e sim um evento natural.
O sintoma mais comum é a parada ou diminuição na freqüência das
menstruações. Outros sintomas da menopausa precoce ou falência
ovariana prematura podem surgir como ondas de calor, sudorese
noturna, insônia, alterações do humor, secura vaginal, falta de energia,
perda da libido, dor no ato sexual e até perdas urinárias
involuntárias.
Embora, na maioria das vezes as causas de menopausa precoce ou falência ovariana prematura possam não ser estabelecidas, existem algumas que
justificam este quadro. De 25% a 35 % são decorrentes de doenças
auto-imunes. Depois seguem as causas genéticas.
O diagnóstico da menopausa precoce ou falência ovariana prematura é
suspeitado quando houver parada repentina da menstruação e não for
gravidez, nem haver histórico de síndrome dos ovários policísticos.
Nestes casos a paciente deverá procurar imediatamente um ginecologista.
A infertilidade pode ser a principal conseqüência para as mulheres
solteiras ou que ainda não tenham filhos. Para as mulheres que já tenham
os filhos desejados, os cuidados relacionados à falta de hormônios
deverão ser avaliados para uma eventual reposição hormonal.
O tratamento de menopausa precoce ou falência ovariana prematura vai
depender dos objetivos da vida futura da mulher. Se não houver desejo
de ter filhos, o tratamento se resume, além da já citada e eventual
reposição hormonal, os cuidados gerais para esta fase da vida como dieta
adequada, exercícios físicos e bons hábitos. Caso contrário a melhor
opção é o tratamento de fertilização com óvulos doados.
Fonte: IPGO
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