2 de out. de 2013

Gravidez por fertilização in vitro: depoimento 1

Meu nome é Cláudia e nunca imaginei que precisaria de um tratamento de fertilidade. O caminho que segui, a partir de fertilização in vitro, resultou em dois filhos.
Me casei com o Antônio quando tinha 25 anos, e passamos vários anos viajando e nos divertindo antes de pensarmos em tentar ter filhos.
Depois de alguns meses de tentativas para engravidar senti que algo estava errado. Então depois de uma consulta com o médico, recomendou que procurássemos um especialista em fertilidade. Descobrimos que existia um fator de infertilidade masculina. O tratamento era de fertilização in vitro com ICSI. Infelizmente, esse primeiro ciclo terminou em aborto espontâneo.
Nós fizemos intervalos entre os ciclos, porque era muito difícil para nós. Você fica empolgado com cada ciclo e não existe tal decepção quando você têm um resultado negativo. 
Após a terceira tentativa, marcamos uma nova consulta para saber quais seriam os próximos passos. Eu estava com 35 anos e estava começando a me sentir cansada por toda essa experiência.
Perguntei ao médico o que ele achava que seria preciso mudar para ter sucesso, e nos sugeriu o uso de óvulos doados. Pois embora nós começamos com um problema de fator masculino, nos ciclos de fertilização in vitro eu tinha má reposta ovariana. Estava tomando o mais alto nível de remédios e produzindo apenas 3 a 7 ovos viáveis de cada ciclo, os meus ovários estavam agindo muito mais velho do que eu.
Nos próximos meses, eu e meu marido passamos um tempo pensando nessa opção. Procuramos tirar todas as dúvidas e aprendemos mais sobre o uso de óvulos doados.
Depois de encontrada a doadora, começamos imediatamente o processo. Foram transferidos dois embriões, no qual engravidei de gêmeos, uma menina e um menino.
Hoje somos uma família completa e muito feliz. Com o tempo, tornou-se cada vez mais claro para mim, que a doadora dá-lhe os óvulos, não os bebês. São os meus valores, as crenças, a comida, as tradições, gostos que irão influenciar os meus filhos, apesar de meus genes não estar presente em seu DNA. Deixo uma mensagem à todas as mulheres que precisarão fazer tratamento com doação de óvulos: as mães não são mães por causa de genes, pois temos muito mais a oferecer do que isso.

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