O aborto de
repetição ou aborto habitual ocorre quando a mulher sofre de duas ou mais perdas
gestacionais naturais consecutivas antes da 20ª semana de gravidez.
Apesar do aborto ser uma ocorrência
comum, duas perdas consecutivas acontecem em apenas 5% dos casais e três
perdas consecutivas em 1% deles.
A ocorrência de um aborto não indica avaliação mais aprofundada. Porém, depois de dois abortos consecutivos indica-se uma avaliação criteriosa do casal.
É importante ressaltar que mesmo após investigação exaustiva, mais de 50% dos casais ficam sem diagnóstico definido. Ainda assim, existem boas chances de que uma próxima gestação chegue até o final.
As principais causas do abortamento de repetição estão citadas a seguir:
- Idade Materna: a partir dos 40 anos, as chances de um aborto podem passar 30%. Isto acontece por que o envelhecimento dos óvulos faz com que os embriões gerados tenham maior chance de apresentar anomalias cromossômicas.
- Anomalias Cromossômicas: a maioria dos abortos ocorre por anomalias cromossômicas devido a um erro aleatório na “recombinação” cromossômica durante a formação do embrião, ainda que os pais sejam jovens e saudáveis.
- Alterações Metabólicas e Obesidade: mulheres com diabetes não controlada e/ou obesas têm maior chance de ter um aborto. Recomenda-se o controle dos níveis de açúcar no sangue e a perda de peso.
- Alterações Uterinas: as alterações da anatomia uterina, principalmente as que distorcem a cavidade do útero, podem ser causa de aborto. Os Miomas, aderências, malformações uterinas, devem ser tratados se identificados.
- Causas endócrinas: caracterizada
por uma produção diminuída de progesterona no período de implantação, onde tal hormônio tem participação fundamental.
Em 20% dos casos
de aborto de repetição não é possível determinar uma causa específica, para estes casais, o aconselhável é buscar um estilo de vida saudável, evitar
fumo, uso de álcool, cafeína em excesso e realizar exercícios físicos.
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