Os cuidados com os produtos de beleza usados na gravidez

A gravidez é um momento lindo na vida de uma mulher. É verdade que em função dos hormônios que entram em cena, podem causar reações que variam para cada grávida. Para algumas mulheres, a pele fica sensível, seca e sujeita a alergias, enquanto para outras, a pele fica oleosa e propensa a acne. Por isso, a mulher tem que rever os cosméticos que usa e substituir alguns com fórmulas mais suaves ou específicas para gestantes.

Na lista de restrições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão três substâncias: cânfora, uréia acima de 3% e chumbo, encontradas em creme para pernas e pés, hidratantes corporais e coloração, respectivamente. A cânfora pode ser tóxica, causar defeitos no feto e até aborto. Quanto à uréia, há estudos mostrando que ela atravessa a barreira placentária, a grande protetora do bebê, podendo prejudicar sua formação e o seu crescimento. Já o chumbo, pode interferir no metabolismo, aumentar a pressão arterial e causar intoxicações na mãe, com prejuízos para os rins e os sistemas nervoso e cardiovascular e para o bebê, os perigos incluem retardo mental, convulsão e até morte.

Além destes ativos proibidos pela Anvisa, existem outros ativos que também podem ser nocivos para mãe e o bebê. Os ácidos, encontrados em produtos clareadores, antiacne, anti-idade, anticelulite e gordura localizada, são alguns dos que estão na mira. Por isso é importante que seja suspenso seu uso antes da mulher engravidar ou assim que descobrir que está grávida, para evitar malformações.

Conforme a dermatologista Valéria Marcondes, deve-se descartar ainda os filtros solares com metoxicinamato, pois esse elemento pode chegar à circulação e atravessar a placenta, e substituir pelo protetor formulado com óxido de zinco. 

O conservante parabeno, encontrado em desodorantes, maquiagem e xampu, é outro a ser esquecido. “Estudo realizado com roedores mostraram alterações hormonais após exposição excessiva à substância”, diz a farmacêutica Juliana S. de Souza.

Se por acaso você se deu conta de que utilizou um dos ativos aqui relacionados, não precisa entrar em pânico, basta suspender o uso imediatamente e conversar com o médico, que vai continuar atento ao resultado dos ultrassons para confirmar se está tudo bem com o bebê.

Mas não se descuide imaginando que essa cautela com os cosméticos é exagero, especialmente nos três primeiros meses, quando o feto está em formação, a mãe não deve aplicar nada sem autorização médica, inclusive, além de ler o rótulo dos produtos, é importante levá-los para aprovação do obstetra.