10 de dez. de 2013

Como fazer uma boa papinha para seu bebê

Descubra os passos para conseguir uma papinha saborosa e nutritiva para o seu filho no primeiro ano de vida.


As papinhas são indicadas para complementarem a alimentação dos bebês a partir dos seis meses. E aí começam as dúvidas do que pode ser dado e de como fazer o bebê gostar dos novos alimentos.

A nutricionista Raphaela Machado, da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica que a alimentação complementar deve ser introduzida na vida da criança de maneira gradativa, para que as mães estejam atentas a possíveis reações alérgicas e para que a criança conheça uma coisa de cada vez.

De acordo com a especialista, os alimentos deste período estão divididos em energéticos, que são os legumes brancos e vegetais como batata, batata-doce e mandioca; os reguladores, entram as verduras e outros legumes e vegetais, que dão o colorido da alimentação; e os protéicos, que são a carne e o feijão.

“No início desta apresentação, é indicado dar um alimento de cada vez, cozido no vapor ou refogado com um pouquinho de água, para que o bebê sinta a variedade dos alimentos. Depois disso, orientamos as mães a escolherem um alimento de cada grupo para fazer a papinha”, explica Machado. Segundo ela, seguir a alimentação complementar desta forma irá ajudá-lo na formação de um hábito alimentar mais saudável.

Como preparar a papinha

Depois dos seis meses, a criança precisa começar a desenvolver a mastigação e a deglutição e, por isso, a alimentação precisa ser pastosa, e não liquidificada. No início da alimentação complementar, é recomendável deixar os alimentos bem cozidos (no vapor ou na panela com um pouco de água filtrada) e bem amassadinhos com um garfo. Depois dos nove meses, já se pode amassar menos até a criança aceitar alimentos mais sólidos.

De acordo com Pat Feldman, culinarista e criadora do Projeto Crianças na Cozinha , comprar ingredientes frescos é a principal diretriz. “No lugar de usar temperos prontos, é indicado usar ervas frescas e condimentos naturais, a variedade é imensa”, afirma. Mas os temperos também devem aparecer nos pratos gradativamente. “Primeiro, você pode colocar umas colherinhas de caldo de carne ou caipira feito em casa e alguma gordura como manteiga ou azeite extra virgem. Depois que a criança se acostuma com a textura dos alimentos, aí você poder incluir ervas, um pouco de sal, alho e a cebola refogados”, conta a especialista. Segundo Machado, em geral, na segunda semana de alimentação complementar, a papinha do bebê já deve ser completa.

A nutricionista indica que a papinha deve ter uma colher de sopa de cada alimento dos três grupos, o que daria em torno de 200 gramas de papa. “Mas não é uma regra, pois depende de todo o resto da alimentação diária do bebê, como as mamadeiras de leite e suco”, afirma.

O que pode e o que não pode

Segundo Machado, mesmo que não exista uma regra geral para a alimentação do bebê, a hora da sobremesa deve seguir alguns cuidados. “O bebê prefere o sabor mais adocicado, então, é bom só ferecer a papinha de frutas depois que ele tiver aceitado a papinha salgada”, explica a nutricionista. E nem sempre é preciso oferecer a sobremesa logo após a papinha salgada: “É importante que o doce não seja incentivado, porque senão ele irá aprender que só estará satisfeito depois de um prato doce”.

Alguns alimentos não devem ser dados ao bebê antes do um ano de idade, como o mel e o leite de vaca - o aleitamento materno deve permanecer no dia a dia da criança. “O desmame deve acontecer naturalmente, mas a partir dos seis meses é preciso ter um horário determinado, para a amamentação não ficar muito próxima da papinha salgada”, indica.

E se meu filho não gostar?

Uma criança pode recusar a comida por razões diversas. Pat Feldman conta que ela pode estranhar por causa do gosto novo ou até pela temperatura. “Se estava quente e ela não aceitou, tente dar no dia seguinte diretamente da geladeira, ela pode preferir”, explica a culinarista. Além disso, mudar o tempero de uma mesma receita pode aumentar a aceitação do bebê. “Quando o tempero é natural, não precisa ter medo de usar, é só não exagerar, uma pitadinha de curry ou gengibre, por exemplo, já realça o sabor”, completa.

O importante é não desistir de oferecer. Machado revela que há casos em que o bebê não aceita outro alimento de sua mãe que não seja o leite materno. “Às vezes, se ele não quer comer quando a mãe oferece, se outra pessoa oferecer, ele pode aceitar”, afirma.

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