30 de set. de 2013

O que são miomas e cistos?

Os miomas e os cistos são tumores benignos que podem aparecer no útero ou no ovário das mulheres.

Geralmente, não apresentam nenhum sintoma, mas podem causar alterações menstruais, como sangramento intenso, dores e até mesmo a infertilidade.


O uso da pílula anticoncepcional pode prevenir o surgimento de cistos porque ajuda no equilíbrio hormonal. Os cistos, no entanto, podem desaparecer sozinhos, ao contrário dos miomas. 

O alerta é maior para mulheres mais velhas porque os cistos que aparecem depois da menopausa podem ser malignos. 

Principais diferenças entre Mioma e Cisto:

Mioma
O mioma aparece no útero, mais precisamente na parede uterina, e corresponde a 90% dos tumores benignos do trato genital feminino.
É mais frequente após os 35 anos da mulher.
 
Ele surge por causa de uma desordem hormonal, que forma um nódulo duro e fibroso a partir da própria musculatura do útero. Além disso, fatores genéticos e a demora para engravidar também favorecem seu surgimento.

Geralmente, o mioma não provoca sintomas, mas dependendo do seu tamanho e da sua localização, pode causar
irregularidade menstrual, que pode variar desde menstruações mais prolongadas e com fluxo mais intenso até sangramentos menstruais incessantes, dor pélvica e dificuldade para engravidar. Já o tratamento é bastante específico para cada idade ou situação do mioma e existem pacientes que apenas acompanham sua evolução.

No entanto, pode ser indicado também um tratamento clínico, com remédios para contrair o útero, anti-inflamatórios, hormônios, anti-hormônios ou o uso do DIU. No caso da intervenção cirúrgica, em alguns casos, é retirado o mioma junto com o útero, procedimento que os médicos preferem fazer em mulheres mais velhas e que não querem mais ter filhos.

Mas existe também a embolização, em que se coloca uma espécie de “rolha” na artéria que nutre o mioma e, sem nutrientes, ele acaba morrendo.

Cisto
O cisto aparece no ovário e, normalmente, em apenas um deles. Raramente pode atrapalhar a ovulação. O cisto aparece quando ocorre algum descontrole hormonal e, geralmente, antes da menopausa. Caso apareçam muitos, podem ter características malignas.

As mulheres que têm mais chances de desenvolver cistos são as que têm entre 20 e 35 anos, portadoras de endometriose ou com doença inflamatória pélvica.

Existem outros fatores de risco, como por exemplo, obesidade, consumo excessivo de gorduras de origem animal, álcool, leite, baixa ingestão de fibras e vitamina A, mulheres que não engravidaram, menarca precoce e menopausa tardia.

Os sintomas aparecem quando o cisto é muito grande, mais ou menos do tamanho de uma laranja, e podem ter sangramento ou dor abdominal aguda.

Caso o cisto tenha até 8 cm, o médico não faz nada e apenas acompanha para ver se ele desaparece espontaneamente. Se passar disso, ele pode optar pode colocar uma agulha para sugar o líquido dentro do tumor ou removê-lo com cirurgia, a laparoscopia.

Para prevenir e tratar ou até mesmo acompanhar, caso a mulher tenha algum desses tumores, é importante se consultar frequentemente com um ginecologista.

27 de set. de 2013

Conselhos para uma gestação saudável


Enquanto você espera a chegada de seu bebê, seu corpo passa por uma série de transformações que, sem dúvida, afetam o seu dia-a-dia. É a hora de tomar alguns cuidados básicos para que a gravidez se desenvolva bem desde o início.

Confira algumas dicas valiosas para uma gravidez tranquila e saudável, fazendo deste o melhor momento de suas vidas.


Alimentação
  • Alimente-se bem, mas não precisa comer por dois;
  • Prefira a carne bem assada, frita ou grelhada;
  • Aumente a ingestão de frutas, verduras, legumes e com moderação pão, arroz, massas;
  • Tente tomar entre meio e um litro de leite por dia, também pode ser iogurte ou queijo;
  • Reduza os alimentos com muita gordura, como bacon, manteiga e embutidos;
  • Evite alimentos com muito açúcar, especialmente chocolates, balas;
  • Sensação de estômago cheio e prisão de ventre são normais. Podem ser aliviados evitando comer em excesso e não deitando logo após as refeições;
  • Evite o álcool, fumo e drogas, além de lhe prejudicar, podem prejudicar seu filho.

Peso 
  • Um aumento excessivo de peso durante a gravidez não é desejável;
  • Lembre-se que durante toda a gravidez o ideal é ganhar entre 9 e 13 quilos.

Cuidados com o corpo 
  • Cuide da sua pele, usando sempre o protetor solar;
  • Escove os dentes após as comidas. A grávida pode ir ao dentista normalmente;
  • Evite ficar muito tempo em pé. Descanse com as pernas elevadas;
  • As dores nas costas no final da gravidez são normais. Encoste totalmente na cadeira quando estiver sentada, evite levantar pesos e use um colchão duro para descansar;
  • O inchaço de pés e pernas, ao final do dia, não devem preocupá-la. Repouse com as pernas levantadas e, se possível, use meias elásticas;
  • Evite sapato de salto, pois ele aumenta o risco de quedas.

Medicamentos
  • Medicamentos e radiografias podem afetar a saúde do feto. Jamais se exponha a eles se não forem indicados pelo médico.
 Sexo
  • As relações sexuais são permitidas durante a gravidez, a não ser que seu médico as proibida; 
  • Procure uma posição que lhe seja cômoda.

Atividade física
  • Você pode praticar esportes, mas não aqueles que produzam fadiga excessiva. É recomendado a natação e as caminhadas;
  • Você pode trabalhar, desde que seu ofício não produza fadiga física excessiva.

Controle a ansiedade
  • Mantenha-se calma. A ansiedade e insônia poderão fazer parte das suas queixas.

25 de set. de 2013

Amamentação: fissura mamária

Toda mamãe sabe da importância da amamentação. É um processo natural que na maioria das mulheres ocorre sem grandes problemas. No entanto, algumas mães apresentam dificuldades, e uma delas é a fissura mamária.


A fissura mamária pode ser definida como a ruptura do tecido epitelial que cobre o mamilo, podendo causar infecção mamária. Nesses casos, a mãe apresenta dor nos mamilos e até podem sangrar, levando a mulher à amamentar menos, devido ao processo doloroso.

As principais causas da fissura mamária são o mau posicionamento e a pega incorreta do bebê no momento da amamentação.

Entre as medidas que podem ser recomendadas estão:
  • manter os mamilos secos, expondo-os ao sol (início da manhã ou fim da tarde), por dez minutos;
  • não usar na aréola e nos mamilos produtos que retiram a proteção natural da pele, como álcool, sabonetes, cremes, pomadas e produtos secantes;
  • evitar o uso de protetores (intermediários) de mamilos;
  • na interrupção da mamada, introduzir o dedo mínimo no canto da boca do bebê, assim a criança solta o peito, sem traumatizar o mamilo;
  • iniciar a mamada pela mama menos afetada, para que o reflexo de ejeção já ativado facilite a descida do leite na outra mama;
  • amamentar em diferentes posições para reduzir a pressão nos pontos dolorosos;
  • evitar o contato dos mamilos com as roupas;
  • passar o próprio leite nos mamilos após as mamadas e secar ao ar livre;
  • se a fissura for muito extensa, suspenda a sucção direta por um período de 24 a 48 horas e realize a ordenha da mama, dando o leite ao seu bebê em colherinha, conta-gotas ou seringa.

23 de set. de 2013

Infecção urinária na gravidez

A gravidez provoca mudanças hormonais e físicas no corpo da mulher, e também modificações funcionais e anatômicas no sistema urinário, aumentando a frequência de infecção urinária.

A infecção urinária, principalmente a infecção da bexiga, chamada de cistite, é uma complicação relativamente comum nas gestantes.   


A cistite ocorre em aproximadamente 1 a 2% das mulheres grávidas. Como o risco de ascensão das bactérias em direção aos rins é maior nas gestantes, a cistite da grávida é considerada um quadro mais grave que as cistites das mulheres não grávidas.
O mecanismo de contaminação do trato urinário por bactérias é semelhante ao que ocorre em mulheres não gestantes, com o agravante de que o aumento do útero atrapalha o esvaziamento da bexiga, favorecendo o acúmulo de urina por mais tempo que o habitual, o que aumenta o risco de multiplicação de bactérias.

Os sintomas da cistite na grávida são:
  • Dor ou ardência para urinar
  • Vontade de urinar frequentemente
  • Dificuldade em segurar a urina
  • Vontade de urinar mesmo com bexiga vazia
  • Dor ou sensação de peso na bexiga
  • Sangue na urina
Com um exame negativo no inicio do pré-natal, será pouco provável o desenvolvimento de infecção urinária durante a gestação, mas se positiva, a paciente deve ser tratada com antibióticos, independente de ter ou não sintomas.

Uma semana após o término do tratamento deve-se repetir o exame para se confirmar a eliminação da bactéria. Se o exame se mantiver positivo, o tratamento deve ser repetido, desta vez por mais tempo.

Após a comprovada eliminação da bactéria, o exame deve ser repetido todo mês até o final da gestação. 

Portanto, ao contrário do que ocorre nas mulheres não grávidas, nas gestantes indica-se a pesquisa de bactérias na urina mesmo que as mesmas não apresentem queixas urinárias.

18 de set. de 2013

O que você precisa saber sobre a síndrome dos ovários policísticos

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é caracterizada pela falta de ovulação e também pelo aumento da produção de hormônios masculinos no organismo.

Diferença entre o ovário policístico e o ovário normal
A mulher menstrua de forma irregular ou, em alguns casos, não menstrua, sendo essa a principal queixa que a leva ao consultório médico. Sem ovular, ela pode ter dificuldade para engravidar. A síndrome é responsável por 30% dos casos de infertilidade feminina.

Além disso, é comum apresentar uma doença chamada hirsutismo, que é o aumento de crescimento dos pelos no rosto, seios e abdômen.

Também ocorrem um aumento de volume dos ovários, por causa da presença de cistos na superfície desse órgão.

Outros sintomas apresentados são as alterações na pele, como aumento de espinhas e cravos, aumento de peso, queda de cabelo.

Apesar de ser comum, a SOP manifesta-se de diferentes formas nas mulheres e por este motivo seu tratamento deve ser individualizado. Para ser diagnosticada essa síndrome, é preciso que a paciente apresente dois ou três sintomas combinados, e que seja excluída outra patologia. 

Até o momento não foi descoberta a cura para a SOP, entretanto com o controle dos sintomas é possível prevenir os problemas associados.

Por ser uma síndrome com vários sintomas, o tratamento deve englobar diversos medicamentos como estimulantes da menstruação, medicamento para reverter o quadro de infertilidade, cosméticos conta a acne e terapias para o controle do estresse e da ansiedade.

Através de um tratamento com medicamentos adequados, cerca de 50% a 80% das pacientes apresentam ovulação e 40% a 50% engravidam.  Atualmente, é possível também fazer a cauterização laparoscópica.

Os casos de infertilidade respondem bem aos indutores de ovulação. Se isso não acontecer, pode-se estimular os ovários com gonadotrofinas. A fertilização in vitro também é indicada nos casos em que a estimulação ovariana foi exagerada, com o objetivo de evitar o cancelamento do ciclo.

16 de set. de 2013

Envelhecimento ovariano

O adiamento da gestação é uma importante mudança social que tem contribuído para um aumento na incidência de subfertilidade. Existe uma aparente divergência entre a habilidade em manter um padrão de ciclo ovulatório regular e a cessação muitos anos antes da fertilidade feminina. 



As mulheres nascem com um número aproximado de 1 milhão de óvulos. Todo mês uma pequena porcentagem desses óvulos são perdidos e a medida que a mulher se aproxima dos 35 anos a porcentagem de óvulos perdidos aumenta. 
Quando a mulher atinge os quarenta anos sua fertilidade declinou significantemente. Não somente o número total de óvulos diminui como também a qualidade dos óvulos restantes é pior. Eventualmente, todos os óvulos da mulher estão esgotados, a produção de hormônios femininos é cessada e a mulher pára de menstruar. Estas mudanças marcam a instalação da menopausa. Os ovários como outros órgãos, envelhecem e finalmente perdem a sua função. 

A menopausa marca o fim definitivo da vida reprodutiva da mulher. A idade média da menopausa é 51 anos. No entanto, a menopausa pode ocorrer em qualquer idade, dependendo do número de óvulos que a mulher nasce com ou o quão rápido é essa perda.

Isto tem uma importante implicação clínica na qual a medida do hormônio folículo estimulante (FSH), avaliada no início do ciclo menstrual (terceiro dia), pode ser um valioso índice prognóstico, no entanto, a idade cronológica mantém-se importante. 
Diferente dos espermatozóides que são constantemente renovados (a cada 90 dias tem-se novos espermatozóides para serem ejaculados), os óvulos tem a mesma idade cronológica da mulher. Isso dá suporte então para que um óvulo com 35-40 anos possa ter acumulado mais danos devidos à mutações genéticas espontâneas, exposição à substâncias químicas no ambiente, do que uma mulher com 20-25 anos. 

Enquanto mulheres mais velhas têm óvulos que parecem normais, estes têm mais anormalidades genéticas que limitam a chance de gravidez ou resultam num embrião anormal, o qual é provável que ocorra o abortamento. 
O questionamento do que determina o envelhecimento ovariano ainda continua. O fator ambiental que mais consistentemente é relatado é o fumo. Este influenciaria no número de folículos disponíveis para desenvolvimento a cada mês, e afeta o metabolismo dos hormônios sexuais. Os genes ou interação de genes com fatores ambientais são desta forma bons candidatos em ter um maior impacto no envelhecimento ovariano.

13 de set. de 2013

Causas da infertilidade feminina

As causas mais comuns da infertilidade feminina são: problemas ovarianos, endometriose, fatores cervicais, fatores tubários, fator uterino, fator peritoneal, fatores imunológicos e infertilidade sem causa aparente.


PROBLEMAS OVARIANOS: os problemas ovarianos são a causa mais frequente de infertilidade feminina, responsáveis por aproximadamente 30–40% de todos os casos. 
Caracterizam-se pela ausência completa de ovulação (anovulação) ou por uma ovulação irregular. A menstruação infreqüente (oligomenorréia) ou ausência total de menstruação (amenorréia) indicam a presença de problemas ovarianos, que também podem ocorrer em mulheres que parecem ter períodos menstruais normais.
As causas mais frequentes de anovulação crônica seriam disfunção hipotálamo-hipofisária, síndrome dos ovários policísticos, hiperprolactinemia e insuficiência hipotálamo-hipofisária. 

ENDOMETRIOSE: é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Os locais mais comuns da endometriose são: fundo do colo do útero, septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, parede da pélvis e ureter. Assim, toda vez que a mulher menstrua, isso acontece dentro e fora do útero, ou seja, onde existem essas células. O sangue, portanto, cai na cavidade abdominal. 
Uma vez implantado, o tecido endometrial responde ao ciclo hormonal e libera sangue nos locais de implantação. Como nestes locais não há como escoar o sangue produzido, frequentemente ocorre cisto, inflamação, dor ou infertilidade. O principal sintoma da endometriose é a dor, às vezes muito forte, na época da menstruação. Mas muitas mulheres que têm endometriose não sentem nada, apenas têm dificuldade em engravidar.
Por outro lado, ter endometriose não é sinônimo de infertilidade, muitas mulheres com endometriose engravidam normalmente. Pensa-se em endometriose em pacientes assintomáticas somente quando, dentro da pesquisa de infertilidade, afastada as causas masculinas, pensa-se em infertilidade sem causa aparente. 

FATOR CERVICAL: o fator cervical é causa de infertilidade em não mais de 5% dos casos. 
A cérvice uterina é uma entidade anatômica que separa a vagina, a qual se encontra em contato com o meio exterior, do útero, que está em conexão aberta com a cavidade peritoneal. Seria, portanto, este segmento através de suas secreções, uma barreira contra microorganismos estranhos ao mecanismo da reprodução, e igualmente condicionada ao dia do ciclo menstrual, o mecanismo de reprodução. O primeiro local que o espermatozóide encontra é a cérvice uterina com suas secreções, quando então existem interações potenciais que pela sua agressão ao espermatozóide podem determinar uma esterilidade.

FATOR TUBÁRIO: o fator tubário representa 30 a 50% dos casos de infertilidade conjugal. 
Na grande maioria, as lesões provocadas por processos inflamatórios, degenerativos e tumorais incluem, direta ou indiretamente, diferentes segmentos da genitália.
Frequentemente, encontram-se alterações anatômicas ou funcionais mais distantes, às vezes aparentemente menores, porém comprometedoras da fertilidade. Os fatores tubários incluem lesão ou obstrução das trompas de Falópio, geralmente associados à doença inflamatória pélvica prévia ou cirurgia pélvica ou tubária prévia. O risco de infertilidade após um único episódio de doença inflamatória pélvica é alto. 

FATOR UTERINO: o fator uterino pode ocorrer em 10 a 20% de pacientes inférteis. Embora as anormalidades uterinas geralmente estejam associadas ao abortamento recorrentes à infertilidade, determinadas anormalidades anatômicas do útero foram propostas como causas de infertilidade. 
Os miomas uterinos podem estar associados ao abortamento. Alguns pesquisadores especulam que a localização de miomas na cavidade endometrial pode interferir com o transporte ou implantação de espermatozóides. A hemorragia anormal associada a estes miomas pode não permitir preparo apropriado do endométrio para a implantação bem-sucedida.

FATOR PERITONEAL
: o fator peritoneal é o conjunto de disfunções da cavidade peritoneal que, por razões mecânicas, bioquímicas ou imunológicas, interfere nas diversas etapas do processo reprodutivo. Sua incidência é vista em torno de 11% entre os diversos fatores da infertilidade conjugal. Assim sendo, o acometimento pode atingir a postura e captação ovular, os gametas e até mesmo o desenvolvimento do corpo lúteo. 
Os fatores peritoneais incluem aderências peritubárias ou periovarianas, que geralmente resultam de doença inflamatória pélvica ou cirurgia, e endometriose. A harmonia da cavidade peritoneal, no que tange à biologia da reprodução, pode ser modificada por processos aderenciais, alterações bioquímicas e imunológicos. 

FATOR IMUNOLÓGICO: para fins de infertilidade imunológica, chama a atenção à possibilidade de que possa ocorrer sensibilização na mulher, quando for depositado o esperma em sua vagina, que em sua vida intra-uterina, os espermatozóides sejam considerados intrusos e sejam rejeitados, assim sendo, poderão funcionar como agentes sensibilizadores, imunógenos e desencadear resposta imunológica capaz de interferir em praticamente todas as etapas da reprodução, desde a ascensão do espermatozóide pelo aparelho genital feminino até a sua capacidade de fertilizar o óvulo e, tendo esta ocorrido, desde a migração do ovo, até seu implante e posterior rejeição. 
A infertilidade imunológica, adquire particular importância na medida em que se estima que possa corresponder a 20% dos casos de esterilidade sem causa aparente, através de disfunção de gametas, falha na fertilização ou nos eventos pós-fertilização (desenvolvimento embriogênico precoce, implantação).

INFERTILIDADE SEM CAUSA APARENTE: identifica-se a infertilidade sem causa aparente quando o casal não conseguiu atingir a concepção, após dois anos de união ativa sem uso de anticonceptivos e cuja investigação não conseguiu determinar o fator causal.
Alguns critérios básicos devem ser estabelecidos para rotular a infertilidade como sem causa aparente: comprovação de ciclo ovulatório normal por biópsia endometrial e temperatura corporal basal, identificação de níveis adequados de prolactina, espermograma dentro dos parâmetros da normalidade, comprovação de normalidade uterina e tubária por ultra-sonografia. Outros testes podem ser adicionados na tentativa de esclarecer uma infertilidade de causa obscura: pesquisa de clamídia, pesquisa de anticorpos antiespermatozóides, dosagem de FSH basal, dosagens de TSH, T3, T4 e avaliação psicológica do casal.
Não é tarefa fácil precisar a percentagem de casais com esterilidade sem causa aparente, mas estudos mostram incidência de 10 a 20% de casais estéreis. 

No geral, é apropriado que o casal procure assistência médica com especialistas em reprodução humana após 12 meses de tentativa sem que ocorra gestação. 
A idade condiciona de forma fundamental a capacidade reprodutiva da mulher. Tanto a qualidade do óvulo, quanto a capacidade do útero em manter uma gestação se tornam afetadas, ainda que a primeira seja a principal causa deste declínio. Deve-se lembrar também que com a idade aumenta a incidência de anomalias cromossômicas e abortamentos espontâneos.

11 de set. de 2013

A infertilidade feminina

Estima-se que a infertilidade possa afetar entre 10 e 30% dos casais em idade fértil. Apesar do aumento da divulgação dos tratamentos disponíveis, apenas 43% dos casais inférteis buscam tratamento e apenas 24% buscam tratamento especializado. Menos de 2% usam fertilização in vitro ou outras tecnologias reprodutivas assistidas. As mulheres com maior tendência a procurar tratamento especializado têm 30 anos de idade ou mais.


Os fatores de risco para a infertilidade, como história de doença inflamatória pélvica, uso de dispositivo intra-uterino ou cirurgia pélvica devem ser revistos pelo médico. Uma associação entre a idade da mulher e a redução da fecundibilidade tem sido bem documentada. Aproximadamente 30% dos casais em que a parceira tem de 35 a 44 anos são inférteis. À medida que uma mulher aproxima-se da menopausa, as probabilidades de gravidez bem-sucedida diminuem ainda mais. 

As causas mais comuns da infertilidade feminina são os problemas ovarianos (30-40%), endometriose (6%), fatores cervicais (5%), fatores tubários (30-50%), fator uterino (10-20%), fator peritoneal (11%), fatores coital e vaginal (5%), fatores imunológicos (20%) e infertilidade sem causa aparente (20%). Como diagnóstico para os distúrbios a serem analisados, pode-se citar a utilização da histerossalpingografia, ultra-som, histeroscopia, dosagens hormonais, biópsia do endométrio, laparoscopia, teste pós-coito, dentre outros, dependentes do fator envolvido, ainda incluindo a história clínica e o exame clínico, indispensáveis para o diagnóstico. 

O tratamento da esterilidade conjugal pode ser dividido em dois grandes grupos: o tratamento clássico e a fertilização assistida, onde, para se efetuar um bom tratamento é necessário um bom diagnóstico. No geral, é apropriado que o casal procure assistência médica com especialistas em reprodução humana após 12 meses de tentativa sem que ocorra gestação.

Já é plenamente conhecido que a idade cronológica, simplesmente, não espelha com fidelidade a função ovariana. Uma avaliação mais detalhada pode ser realizada pela história clínica de ciclos menstruais regulares, pelas provas que comprovam indiretamente o mecanismo ovulatório normal e mais recentemente pela análise dos níveis do hormônio folículo estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH).
À medida que os níveis de FSH aumentam e uma mulher aproxima-se da menopausa, as probabilidades de gravidez bem-sucedida diminuem ainda mais. Outro fator que contribui para a diminuição da fecundidade em mulheres em idade reprodutiva mais avançada é o aumento do risco de abortamento espontâneo. Este aumento da taxa de abortamento, associado à redução da taxa de concepção, reduz significativamente a probabilidade de se obter um nascido vivo para mulheres com mais de 40 anos de idade.

O que vem ocorrendo é o aumento da procura por serviços que tratam dos problemas da fertilidade. Este aumento pode ser devido a vários fatores como, por exemplo, elevação das
taxas de doenças sexualmente transmissíveis e toxinas no meio ambiente; anticoncepcionais  efetivos e mudanças no comportamento da mulher postergando a época para ter seus filhos, aumentando assim as chances de contrair uma moléstia inflamatória pélvica ou outras doenças como a endometriose, além da queda natural da fertilidade com o passar dos anos.

9 de set. de 2013

Toxoplasmose e gestação

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um protozoário e a forma mais comum de contrair essa doença é pela ingestão de água, frutas e legumes contaminados, e também, pelo consumo de carne crua ou mal passada, sendo um grande risco para as pessoas e também para os animais domésticos, como os cães e os gatos.



A infecção ocorre pela ingestão do parasita que está no ambiente contaminando os alimentos, água e solo. Após a ingestão do parasita, ele pode se alojar em diferentes partes do corpo como nos músculos, fígado, pulmões, cérebro ou intestino. A infecção também pode atingir o feto durante a gestação.

A pessoa contaminada por toxoplasmose apresenta febre, gânglios aumentados e sinais neurológicos, como transtorno visual. Mas como explicado, a maioria das pessoas não desenvolve a doença, criando anticorpos contra ela.

Mas de uma forma errada, costuma-se atribuir aos gatos a culpa pela transmissão da toxoplasmose.

No caso de mulheres grávidas, não é necessário se desfazer do animal de casa, temendo a doença, pois o contágio não se dá através do toque no animal. Portanto, a gestante pode tocar, acariciar e conviver tranquilamente com o gato.

Para as futuras mamães que tem gatos, basta tomar alguns cuidados como, por exemplo, limpar diariamente a caixa de areia onde ele deixa suas fezes com água fervendo, sempre usando luvas de borracha, não alimentá-los com carne crua ou parcialmente cozida e evitar que tenham o hábito de caça à ratos.

Se preferir, o seu gato pode fazer um exame para detectar se ele possui ou não a toxoplasmose, e se for positivo, ele pode fazer o tratamento para curar dessa infecção.

6 de set. de 2013

Varicocele: doença que causa infertilidade no homem

A varicocele é causada pela dilatação anormal das veias que drenam o sangue do testículo, e é encontrada predominantemente no lado esquerdo, algumas vezes nos dois lados e, raramente, apenas no lado direito.


Sua dilatação pode dificultar o retorno venoso provocando disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen. Outros sintomas que também podem causar são dor e diminuição do tamanho testicular.

Estima-se que no mundo inteiro, a varicocele ocorra em cerca de 20% dos homens. Em casais com problemas para engravidar, esta proporção pode aumentar para 40% dos casos de infertilidade masculina.

A temperatura adequada para produção dos espermatozóides deve ser de aproximadamente 1,5º C a 2,0º C mais baixa que a temperatura do nosso corpo. Quando há varicocele, o sangue fica represado ao redor dos testículos, aumentando a temperatura testicular e prejudicando o processo de formação de espermatozóides. Além disso, este sangue represado leva a um aumento de algumas substâncias tóxicas, como os radicais livres de oxigênio. A consequência é uma diminuição da produção, da movimentação e do funcionamento dos espermatozóides, podendo levar a infertilidade.

O tratamento da varicocele é cirúrgico, por meio de uma ligadura da veia espermática. Em pacientes inférteis, caso a varicocele seja a única causa da infertilidade, o quadro é revertido. Em alguns casos assintomáticos, pode ser feito um tratamento conservador com o uso de um suspensório escrotal durante a prática de exercícios.

5 de set. de 2013

A infertilidade masculina

Estudos atuais têm demonstrado que aproximadamente 20% dos casais, ou seja, um em cada cinco casais, apresentam problemas de infertilidade. Cerca de 40% dos casos se devem à fatores masculinos e estão ligados a produção de espermatozóides. As estatísticas mostram que entre as causas conhecidas, as mais frequentes são a varicocele (70%), processos inflamatórios (20%) e a disfunção hormonal (10%). 


É extremamente relevante que a avaliação da infertilidade considere o casal durante a avaliação e o tratamento, e que se estudem ambos paralelamente até se descobrir o problema. Já foi demonstrado que quanto mais tempo o casal permanece subfértil, piores são as chances de uma cura eficaz. Muitos casais ficam bastante apreensivos e ansiosos quando não ocorre a concepção após apenas alguns meses de tentativas. Um período excessivamente prolongado de relações sem proteção contraceptiva não deve ser defendido como condição prévia para se iniciar um exame médico exaustivo do homem.

Inicialmente o médico irá solicitar um espermograma convencional, que inclui o estudo de aspectos particulares da função espermática como a concentração, motilidade e morfologia. Os exames citológicos fornecem informações importantes sobre a quantidade e a qualidade dos espermatozóides. Os resultados do espermograma são importantes para a avaliação da atividade funcional dos órgãos sexuais masculinos e de seus distúrbios.

Portanto, o espermograma ajuda no diagnóstico de infertilidade, infecções e de patologias genitais. Para um diagnóstico preciso de infertilidade, qualquer resultado anormal deve ser sempre relacionado com alterações em outros parâmetros.

Casos de infertilidade masculina tem aumentado não só devido ao crescimento da população, mas também em função de uma diminuição em nível mundial da fertilidade masculina. Estima-se que durante os últimos 50 anos a média de contagem dos espermatozóides tenha diminuído em 50%. As razões dessa diminuição não estão claramente definidas, porém acredita-se que podem estar influenciadas por fatores ambientais, como a poluição por exemplo, refletindo em consequências na função reprodutiva.

A produção de espermatozóides pode ter interferência de fatores como a idade do indivíduo (quanto mais avançada a idade, menor a produção), sua ocupação profissional (contato com substâncias tóxicas como agrotóxicos e inseticidas, ou se trabalha em áreas de muito calor, como altos-fornos) e, os antecedentes familiares (se há doenças hereditárias envolvidas, ou casos de infertilidade familiar).

Outros antecedentes e alguns hábitos pessoais também podem determinar a existência de espermatozóides com baixa motilidade (capacidade de movimento) e vitalidade, entre eles: certos tipos de cirurgias, traumatismos, uso de drogas, álcool, nutrição (a boa alimentação influencia o desenvolvimento e função das glândulas genitais), vitaminas (há estudos mostrando que o homem precisa das vitaminas A e E para se manter fértil), doenças como diabetes (acarreta lesões vasculares e neurológicas, que podem levar à diminuição da fertilidade, ou mesmo à impotência) e, finalmente, o stress.

3 de set. de 2013

Depressão pós-parto

Para a sociedade, a maternidade é vista de forma idealizada e qualquer afeto negativo da mãe para com o bebê é julgado como algo impensável, sendo culpada pela incapacidade de dar valor ao milagre de ser mãe. Existe um tabu cultural em relação ao tema gestação e depressão, onde muitas vezes tende-se a esconder a real natureza da tarefa de vir a ser mãe.

A depressão pós-parto acomete entre 10% e 20% das mulheres, podendo começar na primeira semana após o parto e durar até dois anos. É um quadro clínico severo e agudo que requer acompanhamento psicológico e psiquiátrico, pois devido à gravidade dos sintomas, há que se considerar o uso de medicação.


Há fatores de risco que vêm sendo estudados e demonstram uma alta correlação com a depressão pós-parto, entre eles temos, mulheres com sintomas depressivos durante ou antes da gestação, com histórico de transtornos afetivos, mulheres que sofrem de TPM, que passaram por problemas de infertilidade, que sofreram dificuldades na gestação, submetidas à cesariana, primeira gravidez, vítimas de carência social, mães solteiras, mulheres que perderam pessoas importantes, que perderam um filho anterior, cujo bebê apresenta anomalias, que vivem em desarmonia conjugal, que se casaram em decorrência da gravidez.

Os sintomas aparecem como irritabilidade, mudanças bruscas de humor, indisposição, doenças psicossomáticas, tristeza profunda, desinteresse pelas atividades do dia-a-dia, sensação de incapacidade de cuidar do bebê e desinteresse por ele, chegando ao extremo de pensamento suicidas e homicidas em relação ao bebê.

O que distingue a depressão pós-parto da tristeza materna é a gravidade do quadro e o que ele tem de incapacitante, afetando a funcionalidade da mãe e pondo em perigo seu bem-estar e o do bebê. Além da evidente necessidade de cuidados da mulher, acima citados, a depressão pós-parto é fator de risco para a saúde mental do bebê e, portanto, requer toda atenção.

A mídia tende a glorificar o papel da mãe, basta vermos as propagandas e matérias veiculadas nos meios de comunicação, que encontraremos a mãe que amamenta sem dificuldades ou desconforto, sentindo-se realizada e completa, sentindo-se linda. Uma gestante pode sentir-se assim e é o que se espera em algumas fases da gestação. Já a mãe de bebê vive exatamente o oposto, ela vive o vazio da barriga, a separação. Ela precisará de um tempo até que possa preencher este espaço. São necessários todo apoio e compreensão para que a mãe recém nascida saiba que não há nada de errado com ela.

Algumas mulheres podem encontrar uma medida excelente entre todas as transformações exigidas pela maternidade e acabam por ter um quadro muito suave no pós-parto, quase imperceptível. Para outras mulheres, o tempo se encarrega de fazer uma seleção das memórias mais gratificantes deixando os momentos difíceis caírem no esquecimento.