23 de set. de 2014

As queixas mais frequentes durante a gestação


A maioria das queixas apresentadas a seguir diminui ou desaparece sem o uso de medicamentos. Os medicamentos devem ser evitados ao máximo. Caso essas queixas não desapareçam ou sejam persistentes podem ser manifestações de doenças mais complexas.


Náuseas e vômitos
São comuns no início da gestação. Quando ocorrem no final da gestação podem estar associados a doenças importantes, devendo ser sempre comunicado ao seu médico.
As orientações para a gestante são as seguintes: fracionar a dieta (comer mais vezes e menos a cada vez), evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiro forte ou desagradável; evitar líquidos durante as refeições e ingerí-los de preferência nos intervalos.
Quando os sintomas forem muito frequentes seu médico irá avaliar a necessidade do uso de medicações.

Azia ou queimação
É comum a partir do segundo trimestre da gestação. Geralmente melhora com dieta fracionada, diminuindo as frituras, café, chá, pimenta, chimarrão, álcool e fumo.
Medidas gerais como não deitar após as refeições e elevar a cabeceira do leito também são benéficas.
A critério médico, a gestante poderá fazer uso de medicamentos.

Excesso de saliva
Muito comum no início da gestação, orienta-se deglutir a saliva e seguir mesmo tratamento indicado para náuseas e vômitos.

Fraquezas e desmaios
Podem acontecer após mudanças bruscas de posição e também quando a gestante ficar sem se alimentar. As gestantes não devem fazer jejum prolongado.
Geralmente deitar de lado (esquerdo preferencialmente) respirando calma e profundamente melhora a sensação de fraqueza e desmaio.

Hemorróidas
São comuns principalmente nos últimos três meses de gestação, após o parto e também em gestantes que já apresentavam o problema antes da gravidez.
As gestantes devem procurar manter o hábito intestinal regular (manter o intestino funcionando bem). Sempre que as fezes estiverem endurecidas, causando dificuldade para evacuar, as hemorróidas podem sangrar ou doer.
Dietas ricas em fibras e a ingestão de líquidos auxiliam o funcionamento dos intestinos.

Corrimento vaginal
O aumento do fluxo vaginal (corrimento) é comum em gestantes. O fluxo vaginal normal não causa coceira, mau cheiro, ardência ou dor nas relações. Consulte seu médico se apresentar os sintomas acima.
Quando ocorre ruptura da bolsa das águas (um dos sinais de parto) a paciente pode referir aumento do corrimento vaginal. É sempre necessário avisar seu médico quando houver suspeita de ruptura da bolsa com saída de líquido amniótico.

Queixas urinárias
O aumento do número de micções é comum na gestação, principalmente no início e no final da gestação por aumento uterino e compressão da bexiga. Como a infecção urinária é mais comum em gestantes, sempre que houver ardência para urinar, dor, sangue na urina ou febre seu médico deve ser comunicado.

Falta de ar e dificuldade para respirar
O aumento do útero e o aumento da frequência respiratória da gestante podem ocasionar esses sintomas. Geralmente o repouso, deitada de lado, alivia a sensação de falta de ar. Se houverem outros sintomas associados (tosse, febre, inchaço) pode haver doença cardíaca ou respiratória associada.

Dor nas mamas
As mamas aumentam de volume durante a gestação o que frequentemente causa dor.
A gestante deverá usar um sutiã com boa sustentação. O exame das mamas geralmente descarta problemas mamários mais graves.

Dor nas costas, dor lombar e dor articular
Durante a gestação as articulações ficam com maior mobilidade e isto frequentemente ocasiona dores nas costas e em articulações como o joelho e o tornozelo.
As gestantes geralmente têm uma postura que provoca dores nas costas (aumento da lordose lombar - colocar a barriga para frente e o quadril para trás). O aumento excessivo de peso também aumenta a incidência de dores osteoarticulares.

Dor de cabeça
Dores de cabeça mais frequentemente estão associadas a tensões, conflitos e temores, entretanto podem estar associadas a doenças mais sérias. Sempre deve ser afastada a presença de pressão alta. Seu médico avaliará a necessidade do uso de medicações.

Sangramento nas gengivas
Durante a gestação é mais comum o sangramento de mucosas (nasal, gengival) pois, além de uma maior vascularização nas mucosas, seus pequenos vasos sanguíneos ficam mais frágeis. A causa mais frequente de sangramento gengival é a inflamação crônica da gengiva.
A gestante deve escovar os dentes com escova macia, massagear a gengiva e passar fio dental. Esse sintoma deve ser relatado a seu médico (ocasionalmente pode estar associado a outros problemas da coagulação do sangue) e ao dentista.

Inchaço nas pernas
Principalmente no final da gestação ocorre inchaço de membros inferiores. Quando não estiver associado à perda de proteínas na urina e à pressão alta geralmente reflete o acúmulo de líquido característico da gestação.
Existem posições que dificultam o retorno venoso (volta do sangue das pernas para o coração). Gestantes com edema não devem ficar em pé (paradas) ou sentadas durante muito tempo. É recomendável exercitar as pernas (caminhar).
O edema diminui na posição deitada (preferencialmente sobre o lado esquerdo) e também com a elevação das pernas acima do nível do coração.
Outra medida importante é retirar anéis dos dedos da mão, pois ocasionalmente ocorre edema nas mãos e dificuldade de retirada desses adornos.

Cãibras
Podem ocorrer durante a gestação, geralmente após excesso de exercício. Quando ocorre, o músculo deve ser massageado, podendo-se aplicar calor no local.

Manchas na pele
Manchas escuras na pele podem ocorrer durante a gestação. Essas costumam diminuir em até 6 meses após o parto, entretanto em algumas mulheres persistem.
São manchas semelhantes àquelas que ocorrem pelo uso de anticoncepcional oral. Gestantes que apresentam essas manchas devem evitar a exposição ao sol.

Estrias
As estrias são resultado da distensão dos tecidos. Modo eficaz de preveni-las não existe. Não engordar muito é importante para diminuir sua incidência, entretanto existe predisposição individual a apresentar estrias.
Ainda que controverso, recomenda-se massagem com substâncias oleosas nos tecidos mais propensos a estrias (abdômen, mamas e coxas).
Seu médico poderá lhe indicar um creme para massagear a pele.
Sobre o mamilo não devem ser aplicados cremes. As estrias são inicialmente arroxeadas e com o tempo ficam branquicentas.

16 de set. de 2014

10 sinais indicam necessidade de procurar um especialista em reprodução humana

Para alguns casais, o caminho para formar uma família pode ser um pouco mais longo e com alguns obstáculos. A medicina oferece tratamentos que ajudam essas pessoas a conquistar o objetivo de serem pais. Mas, para que o especialista possa ajudar, é preciso que o casal fique atento a alguns sinais e aceite que é necessário buscar auxílio. Veja a lista realizada pelo Dr. Carlos Alberto Petta, ginecologista, obstetra e coordenador médico do Centro de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo:


1. Período de tentativa
O tempo que o casal está tentando engravidar é o primeiro sinal que indica se deve buscar um especialista em reprodução. Existem dois períodos que variam de acordo com a idade da mulher. Se a paciente tem até 38 anos e está mantendo relações sexuais frequentes a mais de um ano, sem o uso de qualquer tipo de contraceptivo e não consegue engravidar, o casal deve procurar um especialista para que seja feita uma investigação da fertilidade de ambos. Caso a mulher tenha mais de 38 anos, esse tempo de tentativa deve cair para seis meses. Alguns médicos sugiram um semestre para pacientes já a partir dos 35 anos.
"Um fator muito importante do prognóstico é o tempo. Quanto maior for o tempo de tentativas de engravidar sem sucesso, menores são as chances de que este casal engravide por meio de técnicas mais simples. E maior o risco de ter que passar por uma fertilização in vitro", explica o médico.

2. Idade da mulher
A idade da mulher é outro fator que conta quando o tema é fertilidade. De acordo com Carlos Alberto, 40% das mulheres com 40 anos vão ter dificuldades para engravidar. O fenômeno acontece porque à medida que o tempo passa, a reserva ovariana da mulher diminui e qualidade das células, também.
"Quando a mulher chega aos 30 anos, a fertilidade começa a cair, mas lentamente. Depois dos 35 anos, essa queda passar a ser mais rápida. Por isso, quanto maior a idade, menor as chances de engravidar. E a pressa em investigar e tratar também é maior", afirma Carlos.

3. Tabagismo
O homem e a mulher fumante têm que se preocupar em procurar um especialista em reprodução humana se não conseguir engravidar em seis meses de tentativas frequentes e sem contraceptivos. O vício pode afetar a qualidade dos óvulos da mulher, causando o envelhecimento precoce das células. No homem, o cigarro pode diminuir a produção e qualidade de espermatozoides.

4. Obesidade
A obesidade é outro fator que pode ser considerado a causa, ou agravante, de um problema de fertilidade. O casal em que um dos parceiros ou ambos tiver problemas com a balança deve procurar ajuda medica depois de seis meses de tentativas para engravidar. A obesidade causa um desarranjo hormonal e influencia na produção de espermatozoides do homem e na ovulação da mulher.

5. Infecções
As infecções, como clamídia e prostatites, mesmo depois de curadas, podem deixar sequelas para a fertilidade humana. A clamídia, por exemplo, pode causar uma obstrução das trompas de falópio. E as prostatites, dependendo da intensidade, podem deixar o homem sem a presença de espermatozoides no sêmen, a chamada azospermia.

6. Endometriose
A endometriose também pode ser uma causa de problema de fertilidade. Por isso, mulheres que têm a doença precisam ficar atentas ao grau de dificuldade que terão para engravidar.
"A paciente que tratou uma endometriose não precisa esperar um ano de tentativas para procurar ajuda médica. Em seis meses, ela e o parceiro já podem passar por uma investigação", aconselha o médico. "A endometriose pode afetar a fertilidade da mulher de mais de uma forma. Uma delas é que a cicatrização da inflamação, causada pela presença de endométrio onde não deveria ter, pode comprometer as trompas."

7. Cirurgias ginecológicas
Mulheres que passaram por cirurgias ginecológicas, como de miomas e retirada de cisto de ovário, também devem ficar ligadas na hora de tentar engravidar. "O problema desses tratamentos é a cicatrização no aparelho reprodutor. O processo pode comprometer as trompas", exemplifica Carlos.

8. Menstruação irregular
Menstruação irregular é sinal de problemas de ovulação. De acordo com o obstetra, os ciclos da mulher têm que durar entre 25 e 35 dias. Quando a paciente apresenta algum distúrbio nos ciclos e está com dificuldade para engravidar, um especialista em reprodução humana deve ser procurado.

9. Diabetes
O diabetes é um distúrbio metabólico que pode causar problemas de fertilidade para o homem e para a mulher. Normalmente, quando a doença está controlada, a fertilidade também está em dia. Mas, se estiver entre altos e baixos, ela pode prejudicar a regularidade ovulatória da mulher e, no homem, a produção de espermatozoides e a capacidade de ereção.

10. Varicocele
Os homens que têm varicocele precisam ficar atentos ao período de tentativas para engravidar a parceira. Nos estágios mais agudos, a varicocele afeta a produção de espermatozoides e pode gerar dificuldades para realizar o sonho de formar uma família.

5 de set. de 2014

Entenda o que é a doação de óvulos

Uma das soluções que a medicina reprodutiva oferece à mulher com problemas de fertilidade é a doação de óvulos. Esse método, no entanto, traz algumas dúvidas e medos ao casal, muitas vezes semelhantes àqueles surgidos no caso de adoção clássica.


A ovodoação consiste em utilizar a célula reprodutora feminina vinda de um banco de óvulos e fecundá-la com o espermatozóide do pai por meio da fertilização in vitro . O embrião é depositado no útero da paciente, que não será mãe biológica da criança, mas passará pelo processo de gravidez.

Um dos maiores receios a respeito da doação é o de que a criança possa apresentar futuros problemas genéticos provenientes da mãe biológica. "Corre-se o risco de que venha algo a mais com que o casal não saiba lidar", afirma Alessandra S. Manoel Schmitt, psicóloga da Procriar Clínica de Fertilização Assistida, em Blumenau (SC).

Outra preocupação da mulher é se ela será capaz de sentir o filho como de fato dela. Um dos questionamentos levantados diz respeito, por exemplo, à aparência do filho. "Nesses casos, a gente pesa a dúvida. É importante para ela como mãe que o filho se pareça com ela?", pontua Alessandra.

Ela ressalta que a vivência com os pais e a família faz com que o filho apresente muitas das características comportamentais deles. "E o material genético também é do pai", lembra. "Mas, caso a aparência seja importante, a gente orienta que o casal procure alguém o mais parecido possível", diz ela. Algumas características da doadora constam nos bancos de óvulos, como aspectos físicos e o tipo sanguíneo.

Muitas mulheres que recebem doação de óvulos já passaram por outros procedimentos de fertilização que não foram bem-sucedidos. Por isso, por mais que essas questões pesem, elas já têm isso resolvido. "Querem tanto ser mãe que já falam que não têm dúvidas. Já passaram pelo processo de decisão", conta a psicóloga. Para esses casais, a doação de óvulos aparece como uma nova luz.

Há, entretanto, os casais que hesitam optar pelo procedimento. Para eles, a orientação psicológica pode ser benéfica. "A decisão jamais será da psicóloga. A gente apenas pontua tudo o que é positivo ou não", ressalta Alessandra.

"É importante procurar ajuda. Conversar com os médicos, ouvir mais de uma opinião. Buscar informações na internet é válido, mas é importante que o casal tenha em mente que a história de cada um é a história de cada um", afirma.

A psicóloga também orienta que o casal discuta entre eles sobre o assunto. "A decisão não é só dela, é do casal. Os dois estão em tratamento. O homem também tem um sofrimento muito grande, porque não tem controle do processo", lembra.

2 de set. de 2014

Menopausa precoce diminui chance de gravidez natural

Cerca de 1% a 3% das mulheres apresentam menopausa precoce, quadro que torna as chances de gravidez natural praticamente nulas. As técnicas de reprodução assistida, no entanto, costumam ter as mesmas taxas de sucesso nessas mulheres.


As ondas de calor, as alterações de humor e as dores de cabeça são os principais sintomas da menopausa, muito conhecidos das mulheres. Algumas delas, no entanto, podem apresentá-los bem antes da hora.

A menopausa é caracterizada pela parada do funcionamento dos ovários, os óvulos não são mais produzidos e o nível de hormônios essenciais para a gravidez cai. O normal é que isso aconteça entre os 45 e os 55 anos. Ela é caracterizada como precoce quando acontece antes dos 40 anos, mas pode ocorrer desde a adolescência. A incidência, no entanto, aumenta com a idade, aos 30 anos, uma em cada mil mulheres apresenta o quadro.

Muitas das causas da menopausa precoce não são detectadas. Algumas doenças genéticas estão relacionadas, principalmente aquelas do cromossomo X, como a síndrome de Turner. As doenças autoimunes também podem provocar a doença, geralmente as associadas à tireoide, como a Tireoidite de Hashimoto. Não há consenso no meio médico se as cirurgias que danificam ou retiram parte do ovário também são causa de menopausa precoce.

O tabagismo também estaria relacionado ao problema. "O cigarro pode diminuir o tempo de funcionamento dos ovários. Algumas pessoas vão fumar e não vai acontecer nada, mas, em geral, pode haver um prejuízo", diz o ginecologista Edward Carrilho, da Clínica Engravida, de São Paulo.

Os sintomas da menopausa precoce são os mesmos da que acomete as mulheres após os 40 anos. "São os normais, mas não nessa idade. É isso que assusta as mulheres", afirma o médico. É comum também que elas apresentem dificuldades de ter relações sexuais, devido à secura vaginal ou quadros depressivos.

A falência do ovário muito antes do tempo traz maiores riscos a essas mulheres. Elas teriam mais chances de desenvolver catarata ou osteoporose, por exemplo. Já o tratamento de reposição hormonal, ao ser iniciado mais cedo, poderia levar a maiores chances de desenvolvimento do câncer de mama.

Não há como impedir a menopausa precoce. É possível, no entanto, fazer um diagnóstico precoce, caso seja conhecido um histórico familiar ou uma doença relacionada. A mulher pode fazer exame de reserva ovariana, ultrassom e acompanhamento de ovulação. Também é importante fazer exames de detecção de doenças genéticas. "Se a pessoa não tem histórico, normalmente ela só procura o médico com o quadro de falência ovariana instalado. E esse é um quadro em que a gente não consegue estimular o ovário, então ela não consegue engravidar", diz Edward.

Se a mulher estiver ainda no quadro de insuficiência ovariana, isto é, não tiver entrado definitivamente na menopausa precoce, é possível engravidar naturalmente, embora seja mais difícil.

Caso ela não queira engravidar no momento, mas tenha a intenção de fazê-lo no futuro, é possível se prevenir com o congelamento de embriões ou óvulos. Segundo o médico, o congelamento de embriões seria o mais indicado. "As técnicas de congelamento laboratorial melhoraram muito, mas o congelamento dos embriões ainda tem mais taxas de gravidez melhores", explica.

Quando o diagnóstico não é feito precocemente, há ainda a possibilidade da doação de óvulos. É feito antes o tratamento de reposição hormonal com medicação via oral para recuperar a dimensão do útero, que costuma ficar reduzido. "Por volta de dois a três meses, o útero já atingiu o tamanho normal e a taxa de gravidez é igual", conta o médico.

25 de ago. de 2014

Mudanças no estilo de vida pode prevenir aborto espontâneo

Mais de um quarto dos abortos espontâneos ocorridos pela primeira vez poderia ser prevenido por uma combinação de mudanças no estilo de vida, sugere uma pesquisa realizada na Dinamarca. Os cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, constataram que mulheres a partir de 30 anos que consumiam álcool com frequência e trabalhavam à noite durante a gravidez tinham maiores chances de sofrer abortos espontâneos.


O estudo, que analisou 91.247 mulheres, disse ainda que levantar mais de 20 kg por dia durante a gestação e estar abaixo ou acima do peso ideal também aumenta o risco de aborto espontâneo.
O aborto espontâneo atinge milhares de mulheres ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que uma a cada dez grávidas perca o bebê nos primeiros meses de gravidez.

Os pesquisadores concluíram que somente uma redução dos fatores de risco poderia prevenir os abortos espontâneos. A pesquisa mostra a relativa importância do estilo de vida na incidência de aborto natural, em detrimento de fatores específicos, como a ingestão de determinados medicamentos.

Para as mulheres que queiram engravidar devem ter uma dieta balanceada, assegurar que não estão "muito magras" ou "com sobrepeso", parar de fumar e pedirem a seus parceiros para fazerem o mesmo.

19 de ago. de 2014

Problemas na tireoide podem atrapalhar fertilidade da mulher

Os distúrbios que afetam a tireoide podem ser mais uma causa dos problemas de fertilidade. O fenômeno acontece porque o ciclo menstrual e a ovulação dependem diretamente do bom funcionamento da glândula. Se há alguma irregularidade, o ciclo fértil da mulher também sofre mudanças, o que acaba interferindo na fertilidade feminina. 

De acordo com Marcio Coslovsky, ginecologista especialista em reprodução humana da clínica Huntington, os tratamentos dos distúrbios podem ser a solução para o problema de fertilidade. "Se a tireoide for a única causa, e a paciente for jovem, nós tratamos e ela vai tentar engravidar naturalmente. Caso a mulher já tenha idade mais avançada, vamos iniciar o tratamento para o distúrbio aliado a uma das técnicas de reprodução assistida", afirma.

Casos de descontrole do hipotireoidismo, quando a tireoide funciona menos que o necessário e o metabolismo fica abaixo do esperado, ou do hipertireoidismo, quando a glândula funciona de maneira muito acelerada, durante a gestação podem representar um grande risco para o bebê.

"Quando a tireoide de uma gestante funciona de maneira errada, as chances de abortamento no primeiro trimestre da gravidez são muito altas e a probabilidade de parto prematuro também é alta", diz Marcio.

Segundo o médico, para passar bem pelos nove meses de gestação, a futura mãe deve tratar o distúrbio da tireoide e fazer um pré-natal que acompanhe o desenvolvimento da doença. A relação entre o obstetra e o endocrinologista deve ser efetiva durante o período.

As medicações que controlam o hipotireoidismo durante a gravidez podem ser as mesmas que são utilizadas em qualquer outra situação. A diferença é que ela é ministrada em doses maiores. No caso do tratamento para o hipertireoidismo, os remédios devem ser bem controlados, porque podem influenciar a saúde do feto.

7 de ago. de 2014

As mulheres mais jovens também podem ter problema de fertilidade

Nem sempre o relógio biológico é o principal vilão da fertilidade feminina. Embora menos frequentemente, mulheres com 30 anos ou menos também podem ter de recorrer a processos de reprodução assistida para conseguir engravidar.



Antes dos 30 anos, as chances de engravidar naturalmente são de cerca de 20% por mês. Aos 40, essa taxa é abaixo dos 5%. Isso acontece porque a quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem com o tempo.

Há outros fatores, no entanto, que dificultam as chances de gravidez até mesmo para mulheres abaixo dos 30. Caso passem mais de um ano tentando engravidar sem sucesso, elas devem procurar ajuda médica. Georges Fassolas, especialista em reprodução humana da clínica Vivitá, de São Paulo, afirma que em torno de 20% das pacientes que atende têm 30 anos ou menos.

Pelo menos metade dessas pacientes, segundo ele, tem Síndrome dos Ovários Policísticos, doença que acomete de 6% a 10% das mulheres em idade fértil. É comum que mulheres com essa síndrome não ovulem. Em muitos casos, o relacionamento programado, procedimento de baixa complexidade em que há a indução e o acompanhamento da ovulação, é suficiente para resolver a situação, caso seja a única razão para os problemas de fertilidade.

O mesmo vale para outras causas menos comuns de distúrbios ovulatórios, como hiperprolactinemia (excesso de produção do hormônio prolactina) e problemas de tireoide.

A endometriose, doença que atinge de 6 a 7 milhões de brasileiras, é também fator comum entre mulheres mais jovens. A presença das células do endométrio (parede interna do útero) em locais como ovários e trompas pode dificultar as chances de engravidar. Caso a trompa fique obstruída, por exemplo, seria necessária a realização da fertilização in vitro (FIV).

Esse tratamento também é o recomendado em casos de obstruções da trompa causadas por infecções pélvicas. As principais causas para isso seriam doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e micoplasma.

A menopausa precoce é causa menos frequente - entre 1% e 3% das mulheres a têm. A falência prematura dos ovários impede a produção de óvulos. O tratamento recomendado é, portanto, a doação desses gametas.

Hábitos como tabagismo e drogas também podem afetar a fertilidade. "O cigarro hoje é o vilão de quase tudo, inclusive da fertilidade", comenta Georges. Além das dificuldades de engravidar, o uso de drogas aumenta as chances de má-formação embrionária, gerando abortos de repetição.

A obesidade também é fator de baixa fertilidade. Ela está associada ou à síndrome dos ovários policísticos ou a outras alterações metabólicas que levam a distúrbios ovulatórios, como diabetes.

Muitas das causas que acometem as mulheres mais novas são as mesmas que afetam as chances de gravidez das mais velhas. "Só que nas mulheres mais velhas, se juntam os fatores. Não é que a endometriose é pior em uma mulher mais velha. É claro que as consequências com o tempo vão piorando. Mas se você já tem perda de função ovulatória por causa da idade e endometriose, são dois fatores", explica o médico.

17 de jul. de 2014

Alguns cuidados com a pele na gestação

Especialistas dão dicas importantes sobre cuidados com a pele durante a gravidez. Devido às mudanças hormonais, a gravidez exige cuidados especiais com a pele.


As dermatologistas Amy Wechsler e Jessica Krant, listaram algumas dicas para a beleza da pele durante a gestação.

De acordo com Amy, o estrogênio causa mudanças na pigmentação, então ela pode ficar mais escura ou você pode também ter o chamado “melasma”, conhecida como “a máscara da gravidez”. O melasma é caracterizado por áreas escuras, que geralmente aparecem na testa.

Como durante a gravidez os hormônios estão a mil, é normal que apareçam outros problemas como acne e, segundo Jessica, erupções cutâneas acompanhadas de coceira. “A pele pode mudar e se tornar mais sensível a certos ingredientes”, afirma a especialista.

Se você tem uma coceira na pele e nela se formar uma erupção cutânea, você deve mostrar para o seu dermatologista ou ginecologista. Existem vários motivos para a coceira durante a gravidez, mas entre eles também podem estar uma infecção ou alguma reação autoimune.

E embora boa parte das mudanças na pele sejam consideradas normais durante a gestação, Jessica sugere que toda mulher grávida se submeta a exames de câncer em torno dos seis meses para verificar se há algum sintoma mais perigoso.

Depois do nascimento
Ter o bebê não significa necessariamente que os problemas de pele irão sumir. Se você está amamentando, os seus níveis hormonais estão ampliados, então isso pode durar por um tempo. Se não está amamentando, a pele pode voltar ao “normal” cerca de três meses após o parto. Jessica nota que alguns efeitos colaterais – como perda de cabelo e alguns tipos de melasma – podem ser permanentes.

Se a sua pele for seca, hidrate-a, particularmente com produtos sem fragrância ou hipoalergênicos. Enquanto seu médico não liberar alguns tipos de cremes, mantenha-a bem hidratada fazendo banhos de aveia.

4 de jul. de 2014

Problemas de fertilidade podem prejudicar relação sexual

O prazer da relação sexual pode ser afetado quando a reprodução é o maior, e mais complicado, objetivo do casal. Em algumas situações, mulheres com problemas de fertilidade podem apresentar dificuldades em ter relações com o parceiro.


Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, apresentaram um estudo no encontro da Associação Americana de Saúde Pública que indica que mulheres que passam por tratamentos de fertilização in vitro (FIV) teriam menos satisfação sexual e redução da libido do que as mulheres que não se submetem ao procedimento.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a infertilidade é definida como a incapacidade de o casal engravidar naturalmente após um ano ou mais de relações sexuais regulares e sem uso de anticoncepcional. Para conseguir a gravidez, então, muitos casais optam pelos processos de reprodução assistida, como a FIV.

"As tentativas por vias naturais já desgastam a relação sexual. O foco do casal é a busca do filho, não o prazer sexual. Essa mudança de foco gera um estresse maior e afeta a relação", afirma Virgínia Toni Felippetti, psicóloga e sexóloga da Clínica Conception, de Caxias do Sul (RS), especializada em reprodução humana.

Os casais que optam pela FIV costumam ter passado por frustrações e desgaste emocional pelas tentativas malsucedidas. A ansiedade em relação ao resultado da FIV também pode ter impacto. "O procedimento em si é bastante desgastante, por causa das expectativas e das taxas de gravidez, que giram em torno de 30%. A falta de desejo sexual é vinculada à ansiedade", comenta a psicóloga.

O estudo aponta que essas mulheres são mais propensas a ter dificuldade de chegar ao orgasmo e apresentar problemas sexuais, como dor ou secura vaginal. Segundo a psicóloga, essas características levam alguns casais a interromper as relações sexuais durante o tratamento, o que pode ter impacto no relacionamento do casal.

"Nem sempre o homem entende isso. Às vezes, ele não aceita muito bem a recusa", diz. Alguns homens, no entanto, também podem apresentar problemas sexuais durante o tratamento, por conta da tensão, como disfunção erétil ou ejaculação precoce.
O relacionamento sexual é muitas vezes deixado de lado nas conversas a respeito do tratamento, mas é importante que ele seja discutido pelo casal e pelos profissionais. Os pesquisadores afirmam que os especialistas em reprodução devem orientar os pacientes sobre as possibilidades de problemas sexuais pelo tratamento e aconselhá-los quando esses problemas se apresentarem, indicando produtos que aliviariam os sintomas, como lubrificantes, ou a ajuda de outros profissionais, como psicólogos ou sexólogos.
"O apoio psicológico é fundamental. É um suporte que a gente dá à pessoa para que ela se desenvolva melhor", acredita Virgínia.

De acordo com a psicóloga, é importante manter relações sexuais, o que fortalece o vínculo afetivo entre os dois, porém elas não devem ser forçadas. "Se ela estiver com dores ou medo, se é algo que vai gerar mais ansiedade, aí a gente orienta que é apenas um período pelo qual eles vão passar. Eles não vão ter o ato sexual, mas podem manter o carinho e o afeto", diz.

6 de jun. de 2014

Qual a idade certa para a criança começar ir na escola?


Especialistas expõem prós e contras de adequar os filhos cedo em uma rotina escolar. Entenda aspectos importantes para tomar a melhor decisão para sua família.


Desde a publicação da lei nº 12.796, em abril de 2013, é obrigatória a matrícula das crianças brasileiras na educação básica a partir dos quatro anos de idade. Muitos pais antecipam-se bastante à legislação e, principalmente por necessidade, colocam seus filhos na escola a partir dos quatro meses de vida, quando acaba a licença-maternidade e algumas mães precisam voltar ao trabalho. 

Para Juliana Boff, coordenadora de ensino integral do Colégio Sion de Curitiba e mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), quando mais cedo o ingresso, mais benefícios para os alunos. “O ambiente escolar propicia uma ampliação dos círculos de relacionamento e situações que não são possíveis em casa. A criança aprende a esperar, a dividir, compreende que não pode fazer só o que quer, mas o que é necessário para a convivência em grupo”, enumera.

Juliana considera que um bom momento para ir para a escola é por volta dois anos. “É quando a criança apresenta autonomia em termos de movimentação. Antes, ela pode precisar de uma estrutura de mobiliário e profissionais especializados que a família só encontrará em um berçário”, justifica.

Sistema imunológico

Do ponto de vista médico, dois anos é a idade mínima para se pensar em expor o filho a um ambiente escolar. “Uma criança saudável tem o sistema imunológico maduro, ou seja, as defesas prontas, com essa idade. As vacinas são tomadas até os seis meses, mas o corpo leva mais um ano e meio, em média, para produzir todas as respostas às doenças que elas impedem”, explica a pediatra Natasha Mascarenhas, diretora da clínica Super Healthy e pós-graduada em emergências pediátricas pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo ela, a criança que entra mais cedo que isso na escola fica muito suscetível a pegar vírus e bactérias dos coleguinhas e até doenças para as quais não está preparada, caso o colégio tenha turmas de alunos mais velhos. “Caso os pais tenham extrema necessidade de deixar o bebê em algum lugar, é melhor escolher um berçário em que todos sejam pequenos”, aconselha. “E se as infecções de repetição, como otite e faringite, começarem a se tornar frequentes e prolongadas, é bom procurar o parecer de um médico”.

Além disso, Natasha pede a atenção dos pais quanto à hiperestimulação que algumas escolas podem impor aos alunos. “Até os cinco anos, a criança não deve entrar em uma rotina de aulas e tarefas. Isso a sobrecarrega. Seu tempo deve ser respeitado”, alerta.

Necessidades individuais

A psicóloga e psicanalista Christine Bruder, diretora do centro de desenvolvimento infantil Primetime Child Development, concorda com a linha de pensamento da pediatra, mas é um pouco mais flexível quanto à idade. “A criança não deveria estar inserida em um contexto escolar, com aulas planejadas e rotinas padronizadas, até os três anos. Suas necessidades são muito individuais e devem ser atendidas com flexibilidade, adaptação, atenção dedicada dentro de pequenos grupos de convívio”, afirma.

Isso é conseguido tanto em berçários especializados quando na própria casa. “Os pais podem criar um ambiente adequado para o desenvolvimento infantil, com materiais que estimulem os sentidos, como blocos e tintas atóxicas, com a possibilidade de ouvir músicas e histórias. A criança precisa ficar no chão, solucionar problemas. E o adulto que a supervisionar não deve fazer as coisas por ela. Deve enxergá-la como um ser inteligente, capaz”, orienta.

É só dos três anos em diante, de acordo com Christine, que a criança passa a entender as dinâmicas de grupo. “A criança começa a lidar melhor com o coletivo a partir dessa idade. O modelo escolar não é coisa para bebês”, diz.

A educadora Juliana Boff, no entanto, defende a presença dos menores na escola. “A criança precisa de orientação para entender as noções de tempo e espaço, e isso deve acontecer em casa e na escola. Ela precisa de rotinas para compreender o funcionamento do mundo à sua volta. É importante saber que tem hora para brincar, para lanchar e para se arrumar para voltar para casa. Isso dá a ela segurança em si e em quem a cerca”, argumenta.