A alegria de ter mais de um bebê (gêmeos, trigêmeos...) é imensa, assim como os medos e angústias também surgem nesse momento na vida do casal.
Os pais costumam agir como se os gêmeos, principalmente os
idênticos, fossem uma pessoa só, colocando roupas iguais, por exemplo.
Porém, esta atitude pode promover uma confusão muito grande para eles,
inclusive de identidade. “Não se deve tratar um como réplica do outro,
mas sim, cada um deles como único”, diz a psicóloga Maria Elizabeth de Pinho Tavares. É necessário, com isso, que os
pais sempre procurem perceber as características individuais de cada um
para que possam responder a elas, esclarece Maria Elizabeth.
Não
respeitar os gêmeos em suas individualidades, de acordo com Maria Elizabeth,
pode lhes proporcionar um incômodo que não é banal. “Possibilitar o
desenvolvimento da identidade é o principal. Caso não aconteça, no
futuro os gêmeos poderão ter dificuldades em terem vida própria ou
fazerem escolhas pessoais e profissionais”, conta.
Assim como eles não devem ser olhados como uma só pessoa,
comparações assíduas também não devem acontecer. Os
gêmeos terão necessidades e vontades distintas, e isso há de ser
preservado. Afinal, eles precisam ter identidades próprias e devem saber
que um pode ser diferente do outro.
A psicóloga Maria Elizabeth conta que, às vezes, os gêmeos
podem ser tão idênticos que é muito difícil até para os pais saberem
distingui-los desde o começo. Porém, isso não justifica que eles sejam
sempre confundidos a ponto de não serem chamados pelos seus nomes. Isso
pode causar problemas de identidade e, por isso, ela indica que desde o
momento em que os pais saírem da maternidade, os pequenos passem a ter
uma pulserinha ou algum outro objeto que os diferencie. Isso irá
facilitar para que a criança aprenda o nome dela e evitará equívocos no
dia a dia como alimentar a mesma criança mais de uma vez, por exemplo.
Sobre a questão dos gêmeos ficarem doentes juntos, para Maria
Elizabeth, quando um gêmeo pega uma doença contagiosa
como a catapora, por exemplo, é comum que o outro também comece a
apresentar os sintomas. “Mas por serem doenças que impliquem em um
contágio, e não por serem gêmeos”, explica.
Algumas dicas para as mães de primeira viagem:
- A participação do pai é fundamental no processo.
- Organize horários diferentes para cada um na rotina diária.
- Reconheça as suas limitações e planeje o cuidado de forma mais coerente.
- Estímulos e brincadeiras em conjunto são mais divertidos e eficientes.
- Avós e outros familiares ajudam nos primeiros dias. Se for possível, contrate babás.
- Conte com a ajuda de um pediatra escolhido no pré-natal.
- As diferenças existem e devem ser respeitadas. Nem sempre os gêmeos vão apresentar as mesmas aptidões intelectuais ou físicas.
- Apesar de engraçadinho, vestir roupas iguais dificulta na criação da identidade de cada um. Os brinquedos também devem ser diferenciados.
- No início, identifique os bebês com cor de roupa ou tipo de pulseira.
- Na escola, se puder, matricule-os em salas separadas.
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