10 de jun. de 2013

Como higienizar o cordão umbilical da forma certa

Ele não é só o canal de comunicação entre a mamãe e o bebê, mas também um importante cordão de sobrevivência do feto. O cordão umbilical é responsável por fornecer proteínas, glicose e micronutrientes ao bebê. Além disso, reforça a proteção do feto com inúmeros anticorpos e leva para ele oxigênio, indispensável para sua sobrevivência.


Ao nascer, o obstetra rompe esse canal (que é ligado à placenta da mãe). Nesse momento, o bebê passa a sobreviver sozinho. Mas, ainda por alguns dias, o restinho do cordão umbilical (cerca de 4 cm) fica no umbigo do bebê até que caia sozinho.
O cordão umbilical merece alguns cuidados para evitar que infeccione e cause dor ao bebê. Segundo a obstetra Karina Zulli, limpar o local com algodão e álcool é o processo mais seguro e higiênico, evitando o acúmulo de bactérias e infecções posteriores. “Algumas mães sentem aflição na hora de dar banho no bebê pensando que ao tocar no cordão umbilical ele sente alguma dor ou incômodo. Mas elas podem ficar despreocupadas, pois essa extremidade é desprovida de nervos, por isso a criança não sente nenhuma dor”, afirma ela.
A obstetra também alerta sobre os cuidados na hora da troca da fralda. “É importante e necessário que a mãe, ao fazer a troca da fralda, limpe o cordão umbilical também. E sempre deixe a fralda presa em baixo do umbigo, deixando o local respirar”, explica a médica.
Sempre depois de fazer a higiene do cordão umbilical é importante que a mãe se certifique que o local esteja bem seco. “Quando úmido, pode ocorrer a proliferação de bactérias. Por isso secar bem e deixar o umbigo respirar é importante e fundamental para evitar a aparição de qualquer infecção”, finaliza ela.
Se surgirem manchas avermelhadas ao redor do cordão umbilical é aconselhado levar o bebê ao especialista. Segundo a obstetra, geralmente o o cordão demora de 7 a 15 dias para de desprender da barriguinha do bebê. E, nesse tempo, ele muda de cor, ficando cada dia que passa mais preto. A cor é normal e mostra que está tudo bem com o bebê, e o processo de cicatrização está sendo feito corretamente.

6 de jun. de 2013

Os truques para engravidar será que funcionam?

Quando uma mulher resolve engravidar e encontra alguma dificuldade, o que não faltam são conselhos e dicas para ajudar a acelerar o processo. A ginecologista Elza Almeida, esclarece o que é mito e o que é verdade.


Transar todos os dias no mesmo horário - Se o casal sente prazer de ter essa rotina, tudo bem, mas o período fértil de uma mulher é somente nos dias próximos e no dia da ovulação, ou seja ela pode até transar diariamente, mas somente vai engravidar se ovular. Um dos sinais de que a ovulação está para ocorrer é a presença de um muco vaginal mais abundante, tipo “clara de ovo”. Outra prática antiga é medir a temperatura diariamente antes de se levantar da cama. Quando ocorrer uma elevação de aproximadamente um grau centigrado ocorreu a ovulação. Esses conhecimentos ainda podem ser usados.

Fazer a posição ‘papai-e-mamãe’ com uma almofada para levantar o bumbum - Isso é um mito que se baseia na anatomia da mulher e tem certo fundamento. Quando ela está deitada de barriga para cima, a vagina fica numa posição inclinada em que o fundo vaginal e o colo uterino ficam mais em baixo, formando um “lago seminal”. A almofada sob o bumbum, acentuaria essa inclinação. Depois da transa, os espermatozoides ficam depositados nesse local no fundo da vagina, e sua permanência mais tempo daria mais chance e mais facilidade para entrarem pelo colo uterino e alcançarem as trompas, encontrando o óvulo. Nas trompas é onde ocorre a maior parte das fecundações.

Fazer tabelinha e transar nos dias férteis - Verdade, esse é o canal! Cada mulher tem uma fase mais fértil. O primeiro passo é conhecer o ciclo e fazer um calendário menstrual. O primeiro dia da menstruação é o primeiro dia do ciclo. Marque no calendário e faça isso durante uns três ou quatro meses, anotando de quantos dias é o seu ciclo. O normal é que um ciclo tenha entre 25 e 35 dias. Sabendo quantos dias tem seu ciclo, no dia em que menstruar assinale o dia da próxima menstruação. O dia mais provável da ovulação será o 14o dia, contando para trás. O período fértil gira em torno de três dias antes e três dias depois da ovulação.

Tirar férias, viajar e fugir do estresse - Sim, é verdade. Os hormônios (estrogênio, cortisol e outros) são produzidos por glândulas endócrinas, mas sua produção é controlada por sustâncias estimuladoras de sua secreção, em glândulas ( hipófise e hipotálamo) no cérebro. Assim, o estresse, a alteração no sono, assim como os hábitos alimentares que não observam um equilíbrio entre a ingestão gorduras, carboidratos e proteínas, e o excesso de exercício ou atividades físicas, podem influenciar o ciclo menstrual e alterar, mesmo que transitoriamente, a fertilidade. Um período de férias para descansar, colocar o sono em dia, aproveitar para reformular hábitos e atitudes pode favorecer.

Começar a tomar ácido fólico - Verdade. O acido fólico é uma vitamina do complexo B, a vitamina B9, e está presente em alguns alimentos como espinafre, brócolis, couve manteiga, agrião e outras verduras verdes, amendoim, nozes, grão de bico, fígado de boi e gema de ovo. Não tem qualquer contra indicação, não causa enjoo e nem engorda. E é importante no processo da divisão celular, ou seja, principalmente enquanto o embrião está se formando, prevenindo má formação fetal e outros problemas. O ideal é que toda mulher, antes de engravidar, inicie uma suplementação de acido fólico e se mantenha tomando um comprimido ao dia até a 12a semana de gravidez.

Cuidar do peso - Os quilos a mais podem dificultar uma gravidez. O excesso de tecido gorduroso no corpo facilita o depósito de um tipo de hormônio estrógeno na gordura corporal e, como consequência, pode influenciar o ciclo menstrual e a ovulação regular. O ideal é haver uma orientação alimentar e conscientização da importância de manter-se com um peso adequado à sua altura, aliados ao hábito de exercícios físicos, o que certamente melhorará  sua fertilidade.

4 de jun. de 2013

Os cuidados com a alimentação das crianças

Os pais devem prestar muita atenção na hora de incluir sódio, açúcar e gorduras na alimentação de seus filhos. Apesar de serem nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável e balanceado do organismo da criança, quando consumidos em excesso tornam-se inimigos mortais da saúde. Segundo a nutricionista Jeanice de Azevedo Aguiar, os três são nutrientes que, se consumidos em grandes quantidades, levam basicamente ao mesmo destino: altos níveis de colesterol, triglicérides e pressão arterial, obesidade e baixa qualidade de vida.
“O sódio em excesso pode trazer complicações no controle da pressão logo na infância. Ele também pode causar sobrecarga nos rins, já que é lá que o nutriente é filtrado”, afirma a especialista.


De acordo com ela, um dos grandes problemas de incluir altas quantias de sódio na alimentação da criança logo cedo, por meio de salgadinhos, temperos prontos, caldos concentrados, molhos prontos, sopas industrializadas e o próprio sal de mesa, entre outros, é a habituação do paladar a comidas muito salgadas. “Tem criança que mal completa um ano e já está com o pacote de salgadinhos na mão. O paladar dela vai sendo calibrado para o salgado, e sempre que ela ingerir qualquer alimento que não contenha aquela quantidade de sal, vai reclamar”, esclarece.
O mesmo acontece com o açúcar, um dos principais vilões da alimentação infantil que, muitas vezes, é introduzido na dieta infantil desde muito cedo. “Algumas mães, quando trocam a alimentação natural (leite materno) pela artificial (leite industrializado), colocam açúcar na mamadeira, o que não deve ser feito. Da mesma forma que ocorre com o sal, o açúcar em excesso vai acostumar o paladar do bebê ao gosto muito doce”, orienta a nutricionista. O açúcar encontrado nos doces, sorvetes, chocolates e bolos, entre outros, além do próprio açúcar refinado, é o chamado “carboidrato simples”. Isso significa que, após ser ingerido, ele é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea, podendo elevar o nível de glicose no sangue. Portanto, um dos principais riscos do consumo excessivo deste alimento é a diabetes. “Se houver, ainda, o aspecto genético na família, a situação fica bem mais complicada. Junta a hereditariedade a questões de habito, e a criança pode apresentar a doença logo na primeira infância, que é o período entre zero e cinco anos”, alerta a especialista. Outras consequências do consumo em grande quantidade incluem obesidade, colesterol alto e o aumento do nível da triglicérides, além de cáries.
Alguns estudos também sugerem que o açúcar pode piorar casos de jovens hiperativos ou com déficit de atenção. “Apesar de esta relação ainda não ter sido cientificamente comprovada, quando é detectada hiperatividade na criança, uma das medidas é, de fato, minimizar a quantidade de açúcar na dieta”, esclarece.
No caso das gorduras, são consideradas ruins as de origem animal, que são formadas basicamente por gorduras saturada e trans e colesterol. Elas podem ser encontradas em carnes e laticínios gordos, bem como em grande parte dos produtos industrializados. Sua ingestão deve ser controlada, com exceção do leite integral que, apesar de muito gorduroso, é importante para a absorção do cálcio no organismo na criança e, portanto, não deve ser retirado da dieta. Jeanice alerta que, apesar de a gordura animal ser a mais perigosa, as de origem vegetal também podem ser prejudiciais. “A partir do momento em que você aquece o azeite ou o óleo de canola, por exemplo, eles perdem suas propriedades e se transformam em gorduras saturadas, podendo causar o mesmo dano que a gordura animal”, orienta.
Se consumidas em excesso, as gorduras podem causar complicações para as veias e artérias das crianças, que passam a apresentar desde muito cedo níveis elevados de colesterol e triglicérides e, consequentemente, aumento da pressão arterial. O fígado, órgão onde são metabolizadas, pode ficar “gorduroso” devido à sobrecarga, ou seja, passa a ter dificuldade para metabolizar os outros nutrientes. A longo prazo, as consequências são muito piores e podem até levar a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Apesar de todos os malefícios trazidos por estes alimentos, tanto o organismo dos pequenos quanto o dos adultos necessita deles para manter seu equilíbrio e funcionar bem. Por isso, o sódio, o açúcar e as gorduras não podem ser totalmente eliminados da alimentação.
“O açúcar, por exemplo, é muito importante, pois faz parte da oferta de energia que o corpo necessita. Porém, há outras fontes de energia”, esclarece a especialista. Frutas e mel são uma boa alternativa.
“O ideal não é cortar, e sim controlar a ingestão. As crianças precisam de todos esses nutrientes, mas em quantidades pequenas”, explica a nutricionista. “A recomendação para os pais é dar estes alimentos aos filhos uma vez ou outra, em uma ocasião especial, e não tornar um hábito diário de consumo. Procure manter a alimentação o mais natural possível”, completa.