25 de ago. de 2014

Mudanças no estilo de vida pode prevenir aborto espontâneo

Mais de um quarto dos abortos espontâneos ocorridos pela primeira vez poderia ser prevenido por uma combinação de mudanças no estilo de vida, sugere uma pesquisa realizada na Dinamarca. Os cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, constataram que mulheres a partir de 30 anos que consumiam álcool com frequência e trabalhavam à noite durante a gravidez tinham maiores chances de sofrer abortos espontâneos.


O estudo, que analisou 91.247 mulheres, disse ainda que levantar mais de 20 kg por dia durante a gestação e estar abaixo ou acima do peso ideal também aumenta o risco de aborto espontâneo.
O aborto espontâneo atinge milhares de mulheres ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que uma a cada dez grávidas perca o bebê nos primeiros meses de gravidez.

Os pesquisadores concluíram que somente uma redução dos fatores de risco poderia prevenir os abortos espontâneos. A pesquisa mostra a relativa importância do estilo de vida na incidência de aborto natural, em detrimento de fatores específicos, como a ingestão de determinados medicamentos.

Para as mulheres que queiram engravidar devem ter uma dieta balanceada, assegurar que não estão "muito magras" ou "com sobrepeso", parar de fumar e pedirem a seus parceiros para fazerem o mesmo.

19 de ago. de 2014

Problemas na tireoide podem atrapalhar fertilidade da mulher

Os distúrbios que afetam a tireoide podem ser mais uma causa dos problemas de fertilidade. O fenômeno acontece porque o ciclo menstrual e a ovulação dependem diretamente do bom funcionamento da glândula. Se há alguma irregularidade, o ciclo fértil da mulher também sofre mudanças, o que acaba interferindo na fertilidade feminina. 

De acordo com Marcio Coslovsky, ginecologista especialista em reprodução humana da clínica Huntington, os tratamentos dos distúrbios podem ser a solução para o problema de fertilidade. "Se a tireoide for a única causa, e a paciente for jovem, nós tratamos e ela vai tentar engravidar naturalmente. Caso a mulher já tenha idade mais avançada, vamos iniciar o tratamento para o distúrbio aliado a uma das técnicas de reprodução assistida", afirma.

Casos de descontrole do hipotireoidismo, quando a tireoide funciona menos que o necessário e o metabolismo fica abaixo do esperado, ou do hipertireoidismo, quando a glândula funciona de maneira muito acelerada, durante a gestação podem representar um grande risco para o bebê.

"Quando a tireoide de uma gestante funciona de maneira errada, as chances de abortamento no primeiro trimestre da gravidez são muito altas e a probabilidade de parto prematuro também é alta", diz Marcio.

Segundo o médico, para passar bem pelos nove meses de gestação, a futura mãe deve tratar o distúrbio da tireoide e fazer um pré-natal que acompanhe o desenvolvimento da doença. A relação entre o obstetra e o endocrinologista deve ser efetiva durante o período.

As medicações que controlam o hipotireoidismo durante a gravidez podem ser as mesmas que são utilizadas em qualquer outra situação. A diferença é que ela é ministrada em doses maiores. No caso do tratamento para o hipertireoidismo, os remédios devem ser bem controlados, porque podem influenciar a saúde do feto.

7 de ago. de 2014

As mulheres mais jovens também podem ter problema de fertilidade

Nem sempre o relógio biológico é o principal vilão da fertilidade feminina. Embora menos frequentemente, mulheres com 30 anos ou menos também podem ter de recorrer a processos de reprodução assistida para conseguir engravidar.



Antes dos 30 anos, as chances de engravidar naturalmente são de cerca de 20% por mês. Aos 40, essa taxa é abaixo dos 5%. Isso acontece porque a quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem com o tempo.

Há outros fatores, no entanto, que dificultam as chances de gravidez até mesmo para mulheres abaixo dos 30. Caso passem mais de um ano tentando engravidar sem sucesso, elas devem procurar ajuda médica. Georges Fassolas, especialista em reprodução humana da clínica Vivitá, de São Paulo, afirma que em torno de 20% das pacientes que atende têm 30 anos ou menos.

Pelo menos metade dessas pacientes, segundo ele, tem Síndrome dos Ovários Policísticos, doença que acomete de 6% a 10% das mulheres em idade fértil. É comum que mulheres com essa síndrome não ovulem. Em muitos casos, o relacionamento programado, procedimento de baixa complexidade em que há a indução e o acompanhamento da ovulação, é suficiente para resolver a situação, caso seja a única razão para os problemas de fertilidade.

O mesmo vale para outras causas menos comuns de distúrbios ovulatórios, como hiperprolactinemia (excesso de produção do hormônio prolactina) e problemas de tireoide.

A endometriose, doença que atinge de 6 a 7 milhões de brasileiras, é também fator comum entre mulheres mais jovens. A presença das células do endométrio (parede interna do útero) em locais como ovários e trompas pode dificultar as chances de engravidar. Caso a trompa fique obstruída, por exemplo, seria necessária a realização da fertilização in vitro (FIV).

Esse tratamento também é o recomendado em casos de obstruções da trompa causadas por infecções pélvicas. As principais causas para isso seriam doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e micoplasma.

A menopausa precoce é causa menos frequente - entre 1% e 3% das mulheres a têm. A falência prematura dos ovários impede a produção de óvulos. O tratamento recomendado é, portanto, a doação desses gametas.

Hábitos como tabagismo e drogas também podem afetar a fertilidade. "O cigarro hoje é o vilão de quase tudo, inclusive da fertilidade", comenta Georges. Além das dificuldades de engravidar, o uso de drogas aumenta as chances de má-formação embrionária, gerando abortos de repetição.

A obesidade também é fator de baixa fertilidade. Ela está associada ou à síndrome dos ovários policísticos ou a outras alterações metabólicas que levam a distúrbios ovulatórios, como diabetes.

Muitas das causas que acometem as mulheres mais novas são as mesmas que afetam as chances de gravidez das mais velhas. "Só que nas mulheres mais velhas, se juntam os fatores. Não é que a endometriose é pior em uma mulher mais velha. É claro que as consequências com o tempo vão piorando. Mas se você já tem perda de função ovulatória por causa da idade e endometriose, são dois fatores", explica o médico.