Chega o momento em que papais e mamães terão que decidir com quem o bebê ficará quando a licença-maternidade chegar ao fim.
Com exceção das
mulheres que poderão ficar por um tempo mais longo em casa ou até mesmo deixar do trabalho para se dedicarem aos
filhos, a dúvida surge aos casais que procuram equilibrar as suas
possibilidades com a vontade de fazer o melhor pelo seu filho.
As escolhas mais comuns costumam ser deixar a criança em creches ou escolinha, com babás ou com as avós. Além disso, questões como a disponibilidade financeira, a existência de um outro irmão e a proximidade da residência com as avós contam na hora de optar.
Abaixo, um balanço das vantagens e desvantagens e o que deve ser levado em conta na hora de avaliar cada opção.
Desvantagens:
Creche ou escolinha
Vantagens:
- Têm
preço variável e que atendem a diversos perfis financeiros.
- Possuem flexibilidade de horário. Nessas escolas, a mãe pode escolher um
período de
acordo com o tempo que fica fora de casa.
- Segurança, pois diversas pessoas vigiam as crianças e o ambiente é adaptado para elas,
diminuindo o risco de acidentes e maus tratos.
- Estabilidade, porque a escolinha ou creche é uma instituição que atende a várias
crianças, e se uma cuidadora faltar, alguém vai substituí-la e a mãe não vai ficar desamparada.
- Convívio com outras crianças, fazem com que aprendem, se divertem e também se desenvolvem mais
quando observam os amiguinhos.
- Leva
e traz. Em tempos de congestionamentos garrafais, levar e buscar as
crianças na escola pode ser um martírio. Para evitar atrasos e perda de tempo no trânsito, é indispensável
escolher uma escola perto de casa, pelo menos até a criança ter idade
para andar no transporte escolar.
Desvantagens:
- Contágio
de doença é a maior reclamação dos pais de crianças em escolinhas,
principalmente das que ainda não completaram um ano de vida. O médico
pediatra homeopata José Armando Macedo, diz que o sistema imunológico infantil está
em formação até os três anos de idade e que frequentar a escolinha ou a
creche antes disso vai acarretar em alguns períodos de doença.
- A adaptação na escolinha depende de como é feita a transição do
convívio com a mãe para a escola e também do perfil da criança. Para Adela Stoppel de Gueller, professora do curso de formação em psicanálise da criança, diz que, não só na escola, mas em
qualquer caso, a transição gradual é melhor. “É bom que a mãe fale
bastante com o bebê lhe contando que em breve vai sair para trabalhar e
que vai deixá-la com tal pessoa, mas vai voltar e ficar junto novamente.
Babá
Vantagens:
- Praticidade. Não é preciso deslocar a criança para outro ambiente ou enfrentar trânsito. A babá respeita um horário pré acordado com a família, que seja vantajoso para a mãe poder trabalhar.
- Cuidado exclusivo. Se a criança tiver mal estar, estiver suja ou com fome, ela será prontamente atendida, o que é especialmente importante nos primeiros meses de vida.
- Prevenção de doenças. Além de a criança estar em um ambiente conhecido e familiar, é mais fácil controlar o contágio de doenças, com a manutenção da limpeza e limitando o contato com outras pessoas.
Desvantagens:
- Falta de confiança. Se a mãe não tiver confiança de que a criança será bem cuidada, é melhor optar por outra forma de auxílio.
- Custo. A opção por babá é a mais cara, especialmente se a mãe procura alguém com referências, bem treinado e realmente especializado.
- Transferência e relação íntima com a babá. Não são raros os casos de babás que querem agir como mães e mães que temem perder o amor dos filhos para a babá.
- Faltas e trocas. Quando a babá é a única pessoa que pode ficar com o bebê na ausência da mãe, é indispensável que ela seja uma profissional dedicada e responsável. Mesmo assim, imprevistos podem acontecer e, se a babá faltar, a mãe inevitavelmente faltará no trabalho também. Babá mal escolhida ou mal treinada pode levar a sucessivas trocas, o que gera um grande desconforto para o pequeno.
Avós
Vantagens:
- Confiança. Quando a criança vai ficar sob os cuidados de um parente, os pais ficam relaxados por saber que o bebê está com alguém que vai tratá-lo bem.
- Horário flexível. Para profissionais que não têm uma rotina de horário, deixar com a avó pode ser uma mão na roda, já que não é preciso contar com limitações de horário, diariamente. Se algum imprevisto acontecer, a criança pode até dormir fora.
- Carinho. Os parentes e especialmente os avós têm fortes laços afetivos com o bebê, o que é garantia de que ele será tratado com amor. Adela afirma que, no caso dos bebês bem novinhos, a avó é a melhor opção.
- Baixo ou nenhum custo. Ainda que seja possível que os pais negociem uma ajuda de custo para que avó cuide do neto, essa opção sem dúvida é a mais em conta das três.
Desvantagens:
- Estímulos limitados. Ainda que a avó seja muito dedicada, quando a criança começa a andar é difícil acompanhar o pique. Muitas vezes recursos como TV passam a ser utilizados para a criança “dar uma folguinha”. Se a criança não tem irmãos ou primos que dividem a guarda da avó nesse período, o convívio com outras crianças também fica limitado.
- Mimo e falta de disciplina. Muito se fala que o papel dos avós é “estragar” os netos – e isso não chega a ser um problema quando acontece ocasionalmente. Ainda que muitos deles possam ser aliados na hora de educar os netos, se a avó ou avô não concordam com alguma limitação ou norma estipulada pelos pais, é bem provável que elas não sejam seguidas no dia a dia da criança, o que certamente vai atrapalhar sua educação.